Publicada em 21 de Setembro de 2020 às 00:00

Agronegócio precisa olhar para a cadeia como um todo

Professor Elias sustenta a necessidade de integração de todos os agentes que fazem parte do setor

Professor Elias sustenta a necessidade de integração de todos os agentes que fazem parte do setor


/ LABGRÃOS-UFPEL/divulgação/jc
Jefferson Klein, do Rio de Janeiro, especial para o JC
A situação do coronavírus, entre outras reflexões, serviu para ressaltar ainda mais a importância do setor agrícola, que não parou durante a pandemia para atender ao abastecimento da população. O professor titular na Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Moacir Cardoso Elias, ressalta que, para aprimorar o desempenho nessa área, existe a necessidade de que os segmentos de logística, produção, armazenamento, industrialização, distribuição e comercialização tenham ações coordenadas em uma visão de cadeia.
"Só assim, os grãos e os produtos deles derivados chegarão ao consumidor em adequadas condições de sanidade, qualidade tecnológica, nutricional e preço, assegurando equilíbrio, competitividade e sustentabilidade", defende o pesquisador, que também é engenheiro agrônomo, licenciado em Química, Mestre em Tecnologia de Alimentos e Doutor em Agronomia. Conforme Elias, a cadeia produtiva do arroz é uma das mais organizadas no setor de produção de grãos, mas as demais ainda necessitam evoluir nesse aspecto.
O professor reforça que há enormes avanços nas etapas de produção, industrialização e exportação, contudo a fase intermediária, conhecida como pós-colheita, que engloba secagem, limpeza, armazenamento e preservação da qualidade tem poucos investimentos e representa o maior gargalo a ser vencido. Elias acrescenta que o desenvolvimento de tecnologias pelas instituições de pesquisa e universidades, tem evoluído gradativamente nas últimas décadas, assim como é possível observar que produtores, armazenistas e industriais têm absorvido esses conhecimentos e soluções e investido nas respectivas atividades, incorporando-as em seus empreendimentos. "Esse é um dos fatores que embasam as performances cada vez mais expressivas verificadas no agronegócio", enfatiza.
O próprio pesquisador já trabalhou com, entre outras iniciativas, a tecnologia para secagem de arroz utilizada no Brasil e em vários países da América do Sul que tem conceitos e concepção operacional desenvolvidos no Laboratório de Grãos, sob a coordenação do professor, na UFPel. Elias também esteve envolvido com o aperfeiçoamento de tecnologias de armazenamento de grãos (principalmente arroz, trigo e feijão) e da industrialização de arroz por parboilização (em parceria com a Cientec). O engenheiro agrônomo cita entre os estudos relevantes que estão sendo conduzidos atualmente no Rio Grande do Sul o melhoramento vegetal com desenvolvimento de novas variedades, proteção de plantas e tecnologias de manejo agronômico de produção. Esses são os setores que mais recebem investimentos e maior atenção em estudos, por isso apresentam resultados mais destacados.
Ainda quanto ao cenário gaúcho, Elias argumenta que no Estado, um pouco mais do que na média nacional, há um vertiginoso aumento da urbanização, o que significa que há cada vez menos pessoas no campo produzindo para atender às necessidades de mais pessoas no meio urbano e de fora do País, porque os produtos da agricultura representam parcela muito expressiva nas exportações. "O que mostra que a agricultura necessita ser cada vez mais produtiva, preservando o meio ambiente de produção", enfatiza.
O engenheiro agrônomo ressalta que as produções elevadas e a preservação ambiental só andam juntas com o desenvolvimento do conhecimento da área agrícola. Segundo ele, é possível e necessário conciliar meio ambiente e agricultura. "Basta que os agricultores sigam as recomendações tecnológicas das boas práticas agronômicas de produção, respeitando a legislação brasileira, que é bastante rigorosa", reforça. Elias frisa que ninguém é mais interessado na preservação do ambiente de produção do que o próprio produtor, porque dele depende sua sobrevivência e de sua descendência. "Se às vezes não o faz é porque lhe falta conhecimento ou orientação profissional", argumenta.
A situação do coronavírus, entre outras reflexões, serviu para ressaltar ainda mais a importância do setor agrícola, que não parou durante a pandemia para atender ao abastecimento da população. O professor titular na Faculdade de Agronomia da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), Moacir Cardoso Elias, ressalta que, para aprimorar o desempenho nessa área, existe a necessidade de que os segmentos de logística, produção, armazenamento, industrialização, distribuição e comercialização tenham ações coordenadas em uma visão de cadeia.
"Só assim, os grãos e os produtos deles derivados chegarão ao consumidor em adequadas condições de sanidade, qualidade tecnológica, nutricional e preço, assegurando equilíbrio, competitividade e sustentabilidade", defende o pesquisador, que também é engenheiro agrônomo, licenciado em Química, Mestre em Tecnologia de Alimentos e Doutor em Agronomia. Conforme Elias, a cadeia produtiva do arroz é uma das mais organizadas no setor de produção de grãos, mas as demais ainda necessitam evoluir nesse aspecto.
O professor reforça que há enormes avanços nas etapas de produção, industrialização e exportação, contudo a fase intermediária, conhecida como pós-colheita, que engloba secagem, limpeza, armazenamento e preservação da qualidade tem poucos investimentos e representa o maior gargalo a ser vencido. Elias acrescenta que o desenvolvimento de tecnologias pelas instituições de pesquisa e universidades, tem evoluído gradativamente nas últimas décadas, assim como é possível observar que produtores, armazenistas e industriais têm absorvido esses conhecimentos e soluções e investido nas respectivas atividades, incorporando-as em seus empreendimentos. "Esse é um dos fatores que embasam as performances cada vez mais expressivas verificadas no agronegócio", enfatiza.
O próprio pesquisador já trabalhou com, entre outras iniciativas, a tecnologia para secagem de arroz utilizada no Brasil e em vários países da América do Sul que tem conceitos e concepção operacional desenvolvidos no Laboratório de Grãos, sob a coordenação do professor, na UFPel. Elias também esteve envolvido com o aperfeiçoamento de tecnologias de armazenamento de grãos (principalmente arroz, trigo e feijão) e da industrialização de arroz por parboilização (em parceria com a Cientec). O engenheiro agrônomo cita entre os estudos relevantes que estão sendo conduzidos atualmente no Rio Grande do Sul o melhoramento vegetal com desenvolvimento de novas variedades, proteção de plantas e tecnologias de manejo agronômico de produção. Esses são os setores que mais recebem investimentos e maior atenção em estudos, por isso apresentam resultados mais destacados.
Ainda quanto ao cenário gaúcho, Elias argumenta que no Estado, um pouco mais do que na média nacional, há um vertiginoso aumento da urbanização, o que significa que há cada vez menos pessoas no campo produzindo para atender às necessidades de mais pessoas no meio urbano e de fora do País, porque os produtos da agricultura representam parcela muito expressiva nas exportações. "O que mostra que a agricultura necessita ser cada vez mais produtiva, preservando o meio ambiente de produção", enfatiza.
O engenheiro agrônomo ressalta que as produções elevadas e a preservação ambiental só andam juntas com o desenvolvimento do conhecimento da área agrícola. Segundo ele, é possível e necessário conciliar meio ambiente e agricultura. "Basta que os agricultores sigam as recomendações tecnológicas das boas práticas agronômicas de produção, respeitando a legislação brasileira, que é bastante rigorosa", reforça. Elias frisa que ninguém é mais interessado na preservação do ambiente de produção do que o próprio produtor, porque dele depende sua sobrevivência e de sua descendência. "Se às vezes não o faz é porque lhe falta conhecimento ou orientação profissional", argumenta.
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