Publicada em 25 de Setembro de 2020 às 03:00

Um pavilhão inteiro para abrigar as delícias da colônia

É quase impossível visitar os estandes e não sair com sacolas cheias de produtos da agroindústria

É quase impossível visitar os estandes e não sair com sacolas cheias de produtos da agroindústria


/MARCOS NAGELSTEIN/arquivo/JC
Thiago Copetti, do Rio de Janeiro, especial para o JC
O público que visita a Expointer se surpreende e faz fotos com as grandes máquinas e os animais de raça, mas se delicia mesmo é com a fartura do Pavilhão da Agricultura Familiar. É a gastronomia colonial e típica gaúcha que faz a alegria de milhares de visitantes que em dias da feira circulam por lá. Raros são os que resistem a sair do parque sem uma sacola de compras na mão levando para casa o que há de melhor produzido pelas agroindústrias familiares gaúchas. Também é fato que nos anos 2000 se tornou o terceiro grande pilar da Expointer, juntamente com as máquinas e os animais.
Conquistar posição de destaque não foi fácil e exigiu perseverança. Até 1999, dizem, em coro, o atual presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Joel Silva, e o deputado federal Heitor Schuch, que comandava a entidade na época. O primeiro ano foi "sofrido", recorda Schuch, quando barracas ficavam sob lona de sol forte, calcada em cascalhos. E, sem nenhuma estrutura adequada, enfrentando até ações da vigilância sanitária.
"Foram anos até conquistar nosso espaço, em um local que é público, mas que os grandes pecuaristas encaravam como deles. Hoje, temos outra relação com o parque e com o público e ajudamos a mostrar a realidade do campo, que é feito, em sua maioria, pelos agricultores familiares", destaca Schuch.
O atual presidente da Fetag lembra que a expansão do pavilhão veio juntamente com a valorização nacional da agricultura familiar, e não mais apenas da chamada agricultura empresarial. Na prática, diz Silva, os produtores de menor porte já estavam lá expondo seus animais por meio de cooperativas, mas sem o devido reconhecimento de seu trabalho e sem poder mostrar a força das pequenas agroindústrias. "A visão que se tinha no parque não era a da agricultura familiar, mas sim do empresário rural. Ano a ano fomos ganhando visibilidade, começaram a ser criadas cada vez mais agroindústrias e atualmente somos o pavilhão mais visitado. A pecuária familiar no Estado agora é muito mais forte e a Expointer mais democrática", comemora Silva.
É por meio do Pavilhão da Agricultura Familiar, também, que muitos saciam a saudade do campo, principalmente quem saiu do Interior para morar na Capital ou na grande Porto Alegre. E para quem não tem ligação rural alguma, lembra Silva, o pavilhão aproxima os mais urbanos da realidade da produção de alimentos e das pequenas propriedades. "O pavilhão mostra que por trás dos alimentos há um agricultor. As pessoas da cidade, que não têm acesso a isso no dia a dia, podem ao longo de mais de uma semana desfrutar de tudo que vem campo. Há uma verdadeira aproximação da cidade e do meio rural nestes dias", analisa o presidente da Fetag.
Se até a agroindústria familiar se estabelecer definitivamente no parque os visitantes urbanos saiam da exposição de mãos abanando, isso definitivamente não ocorreu mais na última década. Em 2010, o faturamento do setor girou em torno de R$ 800 mil. Em pequenas ou grandes sacolas, recheadas com produtos como salames, queijos, cucas e cachaças, o pavilhão deu um salto expressivo em seu faturamento. A cifra saltou para impressionantes R$ 4,5 milhões em 2019.
"Antes das vendas da agricultura familiar, os visitantes mais urbanos iam basicamente para olhar a feira. Agora ele vai para olhar e para comprar. Com certeza, a venda dessa infinidade de produtos comercializados por nós aproximou as pessoas da Expointer e trouxe uma relação e uma identidade maior do consumidor com o produtor rural", explica Silva.
Além de ser a maior feira de comercialização do setor e de complementar parte importante da renda de muitas pequenas propriedades, a exposição também abre um mercado posterior, ampliando as vendas de muitos expositores ao longo do ano em novas lojas, supermercados e outros pontos de venda. E, claro, há fila de espera para poder exibir a farta gastronomia rural em Esteio. "Mesmo ampliado, nunca chega o espaço para todas as agroindústrias que querem vir. Na Expointer de 2019 conseguimos colocar 330 estandes no pavilhão. Temos algumas regras e critérios para escolher quem vem. Um deles é trazer quem ainda não participou da feira. Mas óbvio que precisa apresentar qualidade de produto e estar em dia com as documentações", explica Silva.
O público que visita a Expointer se surpreende e faz fotos com as grandes máquinas e os animais de raça, mas se delicia mesmo é com a fartura do Pavilhão da Agricultura Familiar. É a gastronomia colonial e típica gaúcha que faz a alegria de milhares de visitantes que em dias da feira circulam por lá. Raros são os que resistem a sair do parque sem uma sacola de compras na mão levando para casa o que há de melhor produzido pelas agroindústrias familiares gaúchas. Também é fato que nos anos 2000 se tornou o terceiro grande pilar da Expointer, juntamente com as máquinas e os animais.
Conquistar posição de destaque não foi fácil e exigiu perseverança. Até 1999, dizem, em coro, o atual presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag-RS), Joel Silva, e o deputado federal Heitor Schuch, que comandava a entidade na época. O primeiro ano foi "sofrido", recorda Schuch, quando barracas ficavam sob lona de sol forte, calcada em cascalhos. E, sem nenhuma estrutura adequada, enfrentando até ações da vigilância sanitária.
"Foram anos até conquistar nosso espaço, em um local que é público, mas que os grandes pecuaristas encaravam como deles. Hoje, temos outra relação com o parque e com o público e ajudamos a mostrar a realidade do campo, que é feito, em sua maioria, pelos agricultores familiares", destaca Schuch.
O atual presidente da Fetag lembra que a expansão do pavilhão veio juntamente com a valorização nacional da agricultura familiar, e não mais apenas da chamada agricultura empresarial. Na prática, diz Silva, os produtores de menor porte já estavam lá expondo seus animais por meio de cooperativas, mas sem o devido reconhecimento de seu trabalho e sem poder mostrar a força das pequenas agroindústrias. "A visão que se tinha no parque não era a da agricultura familiar, mas sim do empresário rural. Ano a ano fomos ganhando visibilidade, começaram a ser criadas cada vez mais agroindústrias e atualmente somos o pavilhão mais visitado. A pecuária familiar no Estado agora é muito mais forte e a Expointer mais democrática", comemora Silva.
É por meio do Pavilhão da Agricultura Familiar, também, que muitos saciam a saudade do campo, principalmente quem saiu do Interior para morar na Capital ou na grande Porto Alegre. E para quem não tem ligação rural alguma, lembra Silva, o pavilhão aproxima os mais urbanos da realidade da produção de alimentos e das pequenas propriedades. "O pavilhão mostra que por trás dos alimentos há um agricultor. As pessoas da cidade, que não têm acesso a isso no dia a dia, podem ao longo de mais de uma semana desfrutar de tudo que vem campo. Há uma verdadeira aproximação da cidade e do meio rural nestes dias", analisa o presidente da Fetag.
Se até a agroindústria familiar se estabelecer definitivamente no parque os visitantes urbanos saiam da exposição de mãos abanando, isso definitivamente não ocorreu mais na última década. Em 2010, o faturamento do setor girou em torno de R$ 800 mil. Em pequenas ou grandes sacolas, recheadas com produtos como salames, queijos, cucas e cachaças, o pavilhão deu um salto expressivo em seu faturamento. A cifra saltou para impressionantes R$ 4,5 milhões em 2019.
"Antes das vendas da agricultura familiar, os visitantes mais urbanos iam basicamente para olhar a feira. Agora ele vai para olhar e para comprar. Com certeza, a venda dessa infinidade de produtos comercializados por nós aproximou as pessoas da Expointer e trouxe uma relação e uma identidade maior do consumidor com o produtor rural", explica Silva.
Além de ser a maior feira de comercialização do setor e de complementar parte importante da renda de muitas pequenas propriedades, a exposição também abre um mercado posterior, ampliando as vendas de muitos expositores ao longo do ano em novas lojas, supermercados e outros pontos de venda. E, claro, há fila de espera para poder exibir a farta gastronomia rural em Esteio. "Mesmo ampliado, nunca chega o espaço para todas as agroindústrias que querem vir. Na Expointer de 2019 conseguimos colocar 330 estandes no pavilhão. Temos algumas regras e critérios para escolher quem vem. Um deles é trazer quem ainda não participou da feira. Mas óbvio que precisa apresentar qualidade de produto e estar em dia com as documentações", explica Silva.
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