Publicada em 02 de Setembro de 2021 às 14:51

Pecuária gaúcha passa por momento inédito

animais no parque de exposições Assis Brasil, em Esteio - 2021

animais no parque de exposições Assis Brasil, em Esteio - 2021


ITAMAR AGUIAR/divulgação/PALÁCIO PIRATINI/JC
, do Rio de Janeiro, especial para o JC
A expectativa de que a Expointer se torne o marco do início de um retorno às atividades pré-pandemia não se restringe à volta do público ao Parque de Exposições Assis Brasil. O otimismo gerado pela safra recorde da soja no verão, com um volume de mais de 20 milhões de toneladas de grãos no Estado, se soma a outro símbolo da retomada econômica: esta será a primeira edição da feira com o Rio Grande do Sul oficialmente com o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Se, por um lado, a nova identificação impediu a participação de alguns Estados, também houve a ampliação da procura de novos expositores. É o caso do Paraná e de Santa Catarina, que possuem o mesmo status sanitário gaúcho.
Mesmo com a condição inédita alcançada pela pecuária do Estado, a expectativa do setor em rumo à feira está dividida. A possibilidade de perder oportunidades junto outros estados que não são zonas livres de vacinação tem gerado receio no setor.
"Para fins de Expointer, abrem-se espaços para mercados como Santa Catarina; outros se fecham. Por enquanto, não posso afirmar se as consequências disso serão positivas ou negativas", ponderou o presidente da Federação das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia.
Mesmo assim, Lamachia vê como positiva a Expointer com público. "Essa edição entra para a história por dois motivos: por estarmos livres da febre aftosa e por fazermos uma feira do porte da Expointer com a presença do público em meio a uma pandemia. Desde o início eu defendi que não podíamos ficar parados. A vacinação avançou no Rio Grande do Sul, e nós avançamos com ela", enfatizou o líder da Febrac.
Em comparação a 2019, o número de animais inscritos permanece praticamente no mesmo patamar, com um leve acréscimo: no total, 4.057 exemplares foram registrados para participar da feira deste ano. Na última edição com público, foram contabilizados 3.975 animais.
Entre os animais inscritos, 1.232 serão exemplares de rústicos e outros 2.825 de argola, estes com um aumento expressivo em relação ao ano anterior. Em 2020, com a contabilidade dos rústicos sendo desconsiderada pela feira, houve a participação de 1.019 animais de argola. Na soma total de inscrições, 515 animais são provenientes dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás.
Em relação aos rústicos, entre bovinos, equinos de prova e pequenos animais, se encontram 198 bovinos das raças Angus, Ultrablack, Hereford e Braford, 176 equinos de prova das raças Crioula, Paint Horse e Quarto de Milha e 858 pequenos animais, entre chinchilas, coelhos e pássaros. Entre estes, se destaca a presença da raça Hereford, que passou de 46 em 2019 para 87 em 2021, um aumento de 89% na participação.
A surpresa entre as categorias de animais, e que ajudou a elevar o total de inscrições no evento, foi a participação dos ovinos. Com aumento de 3,58% na comparação com 2019, esta Expointer contará com a presença de 810 ovinos de 14 raças e suas variedades, superando o número de 782 inscritos última edição antes da pandemia.
Em relação à edição presencial de 2019, houve uma queda na participação do número de equinos e pássaros no evento deste ano. Para a Expointer 2021 não estão previstas a grande quantidade de leilões ocorridos em 2019 - isso explicaria queda no número de equinos de provas e leilões presentes na feira. Por sua vez, a venda de pássaros fica prejudicada pela restrição de público no parque devido à pandemia. Como o comércio destes animais é direcionado para a venda direta ao consumidor, desta vez os criadores tomaram a decisão de levar um número menor de pássaros para o parque de exposições. De todo modo, um avanço se comparado à feira hibrida do ano passado, que não contou com a participação de aves e nem de pequenos animais.
A expectativa de que a Expointer se torne o marco do início de um retorno às atividades pré-pandemia não se restringe à volta do público ao Parque de Exposições Assis Brasil. O otimismo gerado pela safra recorde da soja no verão, com um volume de mais de 20 milhões de toneladas de grãos no Estado, se soma a outro símbolo da retomada econômica: esta será a primeira edição da feira com o Rio Grande do Sul oficialmente com o status de zona livre de febre aftosa sem vacinação.
Se, por um lado, a nova identificação impediu a participação de alguns Estados, também houve a ampliação da procura de novos expositores. É o caso do Paraná e de Santa Catarina, que possuem o mesmo status sanitário gaúcho.
Mesmo com a condição inédita alcançada pela pecuária do Estado, a expectativa do setor em rumo à feira está dividida. A possibilidade de perder oportunidades junto outros estados que não são zonas livres de vacinação tem gerado receio no setor.
"Para fins de Expointer, abrem-se espaços para mercados como Santa Catarina; outros se fecham. Por enquanto, não posso afirmar se as consequências disso serão positivas ou negativas", ponderou o presidente da Federação das Associações de Criadores de Animais de Raça (Febrac), Leonardo Lamachia.
Mesmo assim, Lamachia vê como positiva a Expointer com público. "Essa edição entra para a história por dois motivos: por estarmos livres da febre aftosa e por fazermos uma feira do porte da Expointer com a presença do público em meio a uma pandemia. Desde o início eu defendi que não podíamos ficar parados. A vacinação avançou no Rio Grande do Sul, e nós avançamos com ela", enfatizou o líder da Febrac.
Em comparação a 2019, o número de animais inscritos permanece praticamente no mesmo patamar, com um leve acréscimo: no total, 4.057 exemplares foram registrados para participar da feira deste ano. Na última edição com público, foram contabilizados 3.975 animais.
Entre os animais inscritos, 1.232 serão exemplares de rústicos e outros 2.825 de argola, estes com um aumento expressivo em relação ao ano anterior. Em 2020, com a contabilidade dos rústicos sendo desconsiderada pela feira, houve a participação de 1.019 animais de argola. Na soma total de inscrições, 515 animais são provenientes dos estados de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais e Goiás.
Em relação aos rústicos, entre bovinos, equinos de prova e pequenos animais, se encontram 198 bovinos das raças Angus, Ultrablack, Hereford e Braford, 176 equinos de prova das raças Crioula, Paint Horse e Quarto de Milha e 858 pequenos animais, entre chinchilas, coelhos e pássaros. Entre estes, se destaca a presença da raça Hereford, que passou de 46 em 2019 para 87 em 2021, um aumento de 89% na participação.
A surpresa entre as categorias de animais, e que ajudou a elevar o total de inscrições no evento, foi a participação dos ovinos. Com aumento de 3,58% na comparação com 2019, esta Expointer contará com a presença de 810 ovinos de 14 raças e suas variedades, superando o número de 782 inscritos última edição antes da pandemia.
Em relação à edição presencial de 2019, houve uma queda na participação do número de equinos e pássaros no evento deste ano. Para a Expointer 2021 não estão previstas a grande quantidade de leilões ocorridos em 2019 - isso explicaria queda no número de equinos de provas e leilões presentes na feira. Por sua vez, a venda de pássaros fica prejudicada pela restrição de público no parque devido à pandemia. Como o comércio destes animais é direcionado para a venda direta ao consumidor, desta vez os criadores tomaram a decisão de levar um número menor de pássaros para o parque de exposições. De todo modo, um avanço se comparado à feira hibrida do ano passado, que não contou com a participação de aves e nem de pequenos animais.
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