Clubes encaminham criação de liga para organizar o Brasileirão

Dupla Grenal crê que agremiações estão no caminho para chegar a acordo no dia 12 de maio

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Oito clubes assinaram documento prevendo a criação da liga
Representantes dos 23 clubes das Séries A e B se reuniram ontem, em um hotel na zona sul de São Paulo, onde encaminharam a criação da Libra, a liga de futebol brasileiro. Oito agremiações assinaram um documento prevendo a criação da nova liga, que tem como objetivo organizar o Campeonato Brasileiro, comandado atualmente pela CBF.
O bloco formado por Corinthians, Flamengo, Palmeiras, Red Bull Bragantino, Santos e São Paulo - representados pela Codajas Sports Kapital -, foi o primeiro a assinar o documento. Cruzeiro e Ponte Preta, ambos na segunda divisão, também assinaram o acordo.
Um segundo bloco, formado por América-MG, Atlético-GO, Athletico-PR, Avaí, Ceará, Coritiba, Cuiabá, Fortaleza, Goiás e Juventude - integrantes do Movimento Futebol Forte -, pediu mais tempo de discussão para alinhar ideias antes da criação efetiva da liga.
O principal entrave é a divisão do dinheiro dos direitos de transmissão das partidas, na qual o grupo não quer sair prejudicado. Uma nova reunião com 40 clubes (20 de cada uma das principais séries do campeonato) está marcada para a próxima semana.
Com a reunião desta terça-feira, a Codajas Sports Kapital, ligada ao grupo BTG e a Livemode, sai na frente na briga pela operação do Brasileirão junto à liga. A LaLiga, que organiza o Campeonato Espanhol, em conjunto com as empresas XP e Alvarez & Marsal, é outra interessada no negócio, no qual acredita ser possível arrecadar € 5 bilhões (R$ 26,3 bi) anualmente. O novo formato valeria somente a partir de 2025. Isso porque os contratos até 2024 já estão assinados.
O presidente Alessandro Barcellos esteve presente na reunião representando o Inter. Já o Grêmio, não contou com nenhum participante no encontro. Em nota, Barcellos disse que "acredita que saímos deste encontro mais fortalecidos. Não foi uma imposição de regras, mas um conjunto de princípios que vai nos fazer refletir ainda mais, e assim chegar na reunião do dia 12 com fatos mais concretos. Ninguém deseja uma liga com seis ou oito clubes. Sabemos do interesse e da realidade de cada uma das instituições e de onde podemos chegar, para que o entendimento seja benéfico para todos".
Do lado tricolor, o clube disse, em nota, que"o Grêmio se fez atuante em todas as conversas preliminares que antecederam a reunião preparatória desta terça-feira sobre a Liga brasileira de clubes e estaria presente ao encontro de forma remota, porém por problemas técnicos não foi possível efetivar a participação. De posse de todas as informações discutidas no encontro, o Grêmio, agora, irá fazer os debates internos necessários sempre com o objetivo de defender os interesses do clube".