Torcedores imitam macaco e atiram pedras e sinalizador em flamenguistas no Chile

Direção rubro-negra pediu providências dos clubes envolvidos em atos de racismo e da Conmebol

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Além de gritos racistas, torcedores da Católica atiraram um sinalizador na direção dos flamenguistas
A vitória do Flamengo sobre a Universidad Católica, no Chile, por 3 a 2, nesta quinta-feira (28), pela Libertadores, ficou marcada por mais uma sequência de atos racistas e agressões à torcida brasileira. Rubro-negros que acompanharam o duelo no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, foram alvos de torcedores chilenos.
Em um dos vídeos, é possível ver um torcedor da Universidad Católica atirando um sinalizador na direção do local destinado aos flamenguistas. Também há relatos de ataques com pedras e garrafas. Uma criança foi atingida por uma pedra e ficou com o rosto ferido.
Somente nesta semana, três casos de racismo e agressões foram observadas contra torcedores de equipes brasileiras. Na terça-feira (26), um argentino foi detido em São Paulo após imitar um macaco durante o jogo entre Corinthians e Boca Juniors. Na quarta (27), palmeirenses foram alvos de racismo por parte de um torcedor do Emelec, no Equador.
Até o momento, a Conmebol não anunciou qualquer tipo de punição aos clubes e torcedores que cometeram injúria racial e qualquer outro tipo de agressão ao longo desta edição da Copa Libertadores.
O Flamengo se manifestou, por meio de suas redes sociais, para pedir que medidas efetivas sejam tomadas por clubes e Conmebol diante da escalada de casos de racismo contra torcedores brasileiros ao longo da atual edição da Copa Libertadores.
"Na noite desta quinta-feira, no estádio San Carlos de Apoquindo, em Santiago, no Chile, aconteceram cenas lamentáveis de racismo, lançamento de pedras, garrafas e sinalizadores (uma criança foi ferida) da torcida adversária em direção aos torcedores rubro-negros, durante a partida entre Universidad Católica e Flamengo, pela 3ª rodada da fase de grupos da Libertadores. Não aguentamos mais isso! Medidas severas precisam ser tomadas", afirmou em nota o clube carioca.