Corrida sprint volta à F1 neste fim de semana em Imola em versão turbinada

Maior pontuação é o principal atrativo para a minicorrida que será disputada no sábado

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General view taken during a free practice at the Autodromo Jose Carlos Pace, or Interlagos racetrack, in Sao Paulo, Brazil, on November 12, 2021 ahead of the Formula One Brazilian Grand Prix. - Brazil will hold its Formula One Grand Prix on November 14. (Photo by NELSON ALMEIDA / AFP)
A quarta corrida da temporada da Fórmula 1, neste final de semana, em Imola, será disputada em um formato sprint turbinado após algumas mudanças nas regras em relação à novidade que estreou ano passado. Elas buscam resolver duas críticas centrais: a falta de ação devido à baixa oferta de pontos e o fato de o piloto mais rápido não ser considerado o pole position.
Nas três etapas que terão o formato sprint neste ano - Imola, Áustria e Brasil - o pole position é aquele que fizer o melhor tempo na classificação de sexta-feira. Essa classificação define o grid para a sprint no sábado. E esta minicorrida forma o grid do domingo.
Mas a grande diferença é a pontuação. Em 2021, apenas os três primeiros pontuavam. Agora, os oito primeiros pontuam, o que significa que a vitória na sprint garante ao piloto não só a primeira posição no domingo, como também oito pontos. O segundo leva sete, o terceiro, seis, e assim sucessivamente até o oitavo ganhar um ponto.
A ideia é que, com mais pontos em jogo, os pilotos se arrisquem mais no sábado. Em 2021, os finais de semana de sprint acabaram produzindo corridas marcantes no domingo. Foi em dois GPs com sprint, na Inglaterra e Itália, que Lewis Hamilton e Max Verstappen tiveram colisões polêmicas. E no Brasil Hamilton teve uma atuação épica, saindo de último no sábado para vencer no domingo.
Parte dos motivos pelos quais as provas do domingo foram movimentadas em finais de semana de sprint é o fato de pilotos e equipes já terem estudado o desgaste de pneus e onde estão em relação aos adversários no sábado, arriscando mais na corrida em si.
Por outro lado, as sprints foram marcadas pela cautela. Afinal, a possibilidade de um acidente e de largar muito atrás no domingo e a pouca oferta de pontos não incentivavam os pilotos a atacarem.
Imola será o primeiro teste, ainda que haja a preocupação em relação às possibilidades de ultrapassagem no circuito Enzo e Dino Ferrari. Trata-se de uma pista estreita e com poucas curvas de fato, e as provas lá não costumam ser muito movimentadas.
Quando a F1 apresentou o novo formato, a ideia era usá-lo em pistas que oferecem oportunidades de ultrapassagem, mas com o tempo ficou claro que trata-se de mais um caminho para comercializar certas provas de maneira mais atraente para a categoria.
Esse não foi o único plano que ficou pelo caminho. A Fórmula 1 chegou a anunciar que faria seis sprints em 2022, mas os planos encontraram resistência entre os times devido ao aumento de gastos em um ano de novo regulamento e em que o teto orçamentário está diminuindo de 145 para 140 milhões de dólares.