Verstappen e Perez usarão motor com nome Red Bull

Mesmo com a mudança no nome, o motor seguirá sendo fabricado pela Honda

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Fórmula 1 - Interlagos - São Paulo Red Bull's Dutch driver Max Verstappen powers his car during the second session free practice at the Autodromo Jose Carlos Pace, or Interlagos racetrack, in Sao Paulo, on November 13, 2021, ahead of Brazil's Formula One Sao Paulo Grand Prix. - Brazil will hold its F1 Sao Paulo Grand Prix on November 14. (Photo by CARL DE SOUZA / AFP)
Max Verstappen e Sergio Perez vão correr com motores Red Bull a partir desta temporada, depois que a Honda anunciou sua saída da Fórmula 1. Ou, pelo menos, esse será o nome oficial. As unidades de potência, na realidade, estão sendo desenvolvidas pela Honda, serão montadas durante a temporada na fábrica da montadora no Japão e também é de lá que virá todo o apoio durante as corridas.
Isso significa que a Red Bull poderá focar no caro e ambicioso projeto de montar a Red Bull Powertrains, sua própria divisão de motores, com o objetivo de construir a unidade de potência de 2026. De 2022 até lá, o desenvolvimento de todas as unidades de potência da F-1 estará congelado, ou seja, ninguém pode fazer mudanças, a não ser por questões de confiabilidade. Este congelamento, inclusive, foi uma vitória política da Red Bull obtida no começo do ano passado.
Aproveitando que ainda há quatro anos até a chegada dos novos motores, a Red Bull estabeleceu uma parceria bastante interessante com a Honda: os japoneses ficaram responsáveis pelo desenvolvimento das peças antes da última homologação do motor, que pode ser feita até 1 de março de 2022 para o motor a combustão, turbo e MGU-H - que são as peças que geram mais diferença de rendimento atualmente - e 1 de setembro para o restante. E dão todo o suporte técnico nesta temporada de transição.
Já a Red Bull se comprometeu a contratar os funcionários que a Honda mantinha na fábrica da Inglaterra que operava apenas para suprir o projeto da F-1. E, quando os bancos de teste da Red Bull Powertrains entrarem em operação, no final do primeiro semestre deste ano, a operação começa a se deslocar de Sakura, no Japão, para Milton Keynes, na Inglaterra.
Curiosamente, na última vez que a Honda decidiu deixar a Fórmula 1, no final de 2008, os japoneses tinham uma equipe e também deram suporte para os novos donos: isso ajuda a explicar como a Brawn conseguiu os títulos de pilotos e equipes no ano seguinte, mesmo com orçamento reduzido.