Hamilton vive tensão com a FIA e não confirma participação na F-1

Piloto inglês se sente injustiçado pelas decisões tomadas pela FIA na última prova de 2021

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Fórmula 1 - Interlagos - São Paulo Mercedes' British driver Lewis Hamilton is seen after the end of Brazil's Formula One Sao Paulo Grand Prix at the Autodromo Jose Carlos Pace, or Interlagos racetrack, in Sao Paulo, on November 14, 2021. (Photo by LARS BARON / POOL / AFP)
Perder o título do último campeonato de F-1 na polêmica volta final do GP de Abu Dhabi foi um duro golpe para Lewis Hamilton. Ele julga ter sido injustiçado por decisões tomadas pelo diretor de provas da FIA (Federação Internacional de Automobilismo), Michael Masi.
A poucos segundos do encerramento da etapa, o inglês chegou a afirmar pelo rádio do carro que a corrida havia sido "manipulada". Do outro lado, um engenheiro da Mercedes respondeu: "Estou sem palavras".
Desde então, o heptacampeão deu apenas uma declaração pública, ainda naquele domingo. Parabenizou Max Verstappen, da Red Bull, pela conquista do Mundial e deixou aberta sua continuidade na categoria. "Sobre o ano que vem, veremos", limitou-se a dizer, enquanto sua equipe dava início a uma batalha nos bastidores contra Masi.
A Mercedes formalizou um protesto minutos depois da corrida, mas os argumentos foram rejeitados. A escuderia chegou a anunciar que apelaria da decisão antes de desistir de ir adiante.
A própria FIA, porém, abriu um inquérito interno e promete apresentar suas conclusões em fevereiro. A decisão final sobre o GP de Abu Dhabi será anunciada em 18 de março, dois dias antes da abertura da temporada 2022, no GP do Bahrein. A demora desagrada Hamilton.
De acordo com os portais britânicos BBC Sports e Sky Sports, o inglês está "desiludido" com a F1. A lentidão para a resolução do caso só aumenta a frustração.
Ainda segundo a BBC Sports, a decisão da Mercedes de retirar seu protesto faria parte de um acordo que estaria sendo costurado nos bastidores. O acerto envolveria a demissão de Michael Masi e também a de Nikolas Tombazis, diretor-técnico de monopostos. Nenhum deles se manifestou.
A investigação da FIA está sendo chefiada pelo novo presidente da entidade, Mohammed Ben Sulayem, que revelou ter buscado contato com Hamilton, mas sem sucesso.
A postura reclusa adotada pelo britânico somada à falta de uma resposta assertiva da Mercedes sobre o futuro dele passaram a alimentar especulações em torno de uma possível aposentadoria do piloto. A menos de um mês do início da pré-temporada, prevista para 23 de fevereiro, a presença dele no grid ainda é incerta.