Copa do Brasil: Athletico-PR vence o Inter por 1 a 0 na primeira partida da decisão

Jogo na Arena da Baixada, em Curitiba, foi decidido com gol de Bruno Guimarães

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Bruno Guimarães aproveitou espaço pelo meio para marcar o gol
Perder sempre é ruim. Perde em uma decisão, é pior ainda. Assim, a derrota do Inter por 1 a 0 para o Athletico-PR na primeira partida das finais da Copa do Brasil, na noite de ontem, em Curitiba, frustrou a empolgada torcida colorada. No entanto, a desvantagem mínima deixa os gaúchos vivíssimos para o jogo da volta, na próxima quarta-feira, no Beira-Rio. Vitória por um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis. Triunfo por dois ou mais gols de vantagem, é festa no Gigante e em metade do Rio Grande do Sul.
O Inter do primeiro tempo na Arena da Baixada foi o Inter de toda a temporada sob o comando de Odair Hellmann quando atua fora de casa. Jogando na espera do adversário, o Colorado dispensou a marcação pressão na saída de bola paranaense e optou por jogar recuado, dando o primeiro combate ao avanço dos donos da casa apenas na intermediária defensiva.
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Assim, sem conseguir colocar em ação a estratégia planejada, o Inter sofreu com o volume de jogo do Furacão - 73% da posse de bola nos primeiros 45 minutos. Dominando as ações, o Athletico-PR tentou implementar o futebol visto nas semifinais: pressão na marcação e investidas verticais, em velocidade, principalmente por meio de Rony, que aparecia nos dois lados de campo.
O time de Tiago Nunes, porém, não conseguiu transformar em gols - sequer em oportunidades claras - o controle do jogo. Umas das melhores chances se deu por meio de um chute da entrada da área realizado por Rony aos 13 minutos. A bola foi forte, mas passou por sobre o gol de Marcelo Lomba. Outras tentativas ofensivas, através de cruzamentos rasteiros na área, levaram alguma tensão à torcida colorada, mas não chegaram a representar iminente perigo de gol paranaense.
Com Edenilson, Patrick e, principalmente, Guerrero discretos, o Inter saiu de campo com um placar que lhe apetecia, ainda que não fosse motivo para festejos no vestiário.

Gol cedo do Furacão mudou cenário da etapa final da partida

O Colorado voltou com um posicionamento diferente do vestiário. Jogando com as linhas mais avançadas, os gaúchos tentaram evitar que a ampla posse de bola do Furacão se repetisse na segunda etapa de jogo.
Aos 8 minutos, por pouco o Inter não abriu o placar em contra-ataque puxado por Edenilson. O meio-campista avançou e, ao não ver companheiros dentro da área, finalizou. A bola desviou na defesa e correu para a linha de fundo.
Quatro minutos depois, a mudança de proposta de jogo foi punida. Aos 12 minutos, o Athletico-PR se aproveitou da marcação falha pelo meio, e triangulou para chegar dentro da área dos visitantes. Bruno Guimarães ficou na cara de Marcelo Lomba e mandou para o fundo das redes, abrindo o placar. O lance do gol do Furacão chamou atenção para um detalhe em especial. O time de Odair repetiu um problema visto nos gols do Flamengo pela Libertadores: Moledo saiu para fazer a caça fora da área e abriu espaço atrás. Sozinho, Cuesta não conseguiu fazer a marcação do jogador que infiltrava.
Por muito pouco o rubro-negro de Curitiba não ampliou aos 27. Rony fez grande jogada individual, avançou - mais uma vez pelo meio da defesa gaúcha - e ficou cara a cara com Lomba, que fez grande defesa e evitou o segundo gol.
O Inter buscou mais o ataque após o gol do Furacão. Aos 30 minutos, quase chegou à igualdade após bola levantada na área pela direita e o defensor mandar contra o próprio gol.
Os donos da casa, por sua vez, arrefeceram o ímpeto ofensivo, e tentaram administrar o jogo - postura confirmada pela saída do atacante Rony e a entrada do meio-campista argentino Lucho González.
A derrota coloca o Inter na obrigação de vencer em Porto Alegre na quarta-feira da próxima semana. Ficou tudo em aberto. O Beira-Rio vai rugir e é com a força das arquibancadas que o Colorado conta para reverter a desvantagem e levantar a taça pela segunda vez.
Athetico Paranaense 1 x 0 Internacional
Santos; Khellven, Robson Bambu, Léo Pereira e Márcio Azevedo; Wellington Martins, Bruno Guimarães, Léo Citadini (Thonny Anderson), Nikão e Rony (Lucho González); Marco Rúben (Marcelo Cirino). Técnico: Thiago Nunes.
Marcelo Lomba; Bruno, Rodrigo Moledo, Victor Cuesta e Uendel; Rodrigo Lindoso, Edenílson (Nonato), Patrick, D'Alessandro e Nico López (Wellington Silva); Paolo Guerrero. Técnico: Odair Hellmann.
Árbitro: Raphael Claus (SP).