Senai registrou 89 mil matrículas no Rio Grande do Sul em 2021

É como se, a cada hora, 10 novos alunos ingressassem em um dos cursos do Senai

Por Eduardo Torres

Laboratório de automação é uma das instalações usadas na formação e qualificação de profissionais; foco é inovação industrial
Entre todos os níveis educacionais, o Senai registrou, no Rio Grande do Sul, 89 mil matrículas em 2021. É como se, a cada hora, 10 novos alunos ingressassem em um dos cursos do Senai. Possivelmente, aqueles que optarem pelo curso técnico em telecomunicações ou em redes de computadores têm aulas com o professor Rodrigo Smiderle Bremm, de 31 anos.
Ele vivenciou toda a transformação do Senai na última década. Em 2007, ele era um dos estudantes que ingressava, na instituição. Com 16 anos, Bremm iniciou o curso técnico de redes de computadores - o mesmo em que leciona hoje -, e nunca mais deixou o Senai.
"Eu estava no colégio, cursando o Ensino Médio, e era apaixonado por informática. Na época, o técnico do Senai era o único com o curso de redes em Porto Alegre. Eu estudava na escola pela manhã e vinha para o curso à tarde. E o Senai abriu as portas para a minha vida. Os professores sempre me incentivaram muito, e, desta forma, não foi difícil entender o tamanho da oportunidade que este espaço representava", conta.
Bremm formou-se em 2009, e logo iniciou a graduação em tecnólogo em Telecomunicações. Curso que ele finalizou em 2011. No ano seguinte, foi contratado como professor. "O ensino no Senai, literalmente, muda vidas. Eu entendi isso quando um professor recebeu uma oportunidade de ir para o Canadá, quando eu ainda era estudante. Hoje, como professor, eu vivo a experiência de abrir este caminho àqueles que estão buscando o Senai", lembra ele. "Foi assim com um ótimo aluno que eu tive ainda em 2013. Assim como eu, ele cursou o técnico e a faculdade no Senai. No ano passado, ele foi para a Alemanha como desenvolvedor", destaca.
Casos como o dele não são raros. De acordo com o diretor-regional, Carlos Trein, a busca pelos melhores profissionais no mercado, seja como docentes dos cursos do Senai ou como engenheiros e técnicos dos institutos tecnológicos, é permanente. Segundo ele, diariamente há esta busca. Mas a formação do próprio Senai, admite o diretor, muitas vezes, faz a diferença.
Conforme Bremm, o diferencial está na infraestrutura que é oferecida no Senai. "Os equipamentos e o padrão dos laboratórios que temos aqui, tu não encontras em outras escolas, e a metodologia de ensino, com muita prática, também é determinante", afirma o professor. Segundo ele, nenhum formado pelo Senai chega cru ao mercado de trabalho.