ECA 30 anos: Preocupações com letalidade infantojuvenil, encarceramento e saúde de crianças e adolescentes são marcas do Estatuto

Estatuto da Criança e do Adolescente garantiu ao Brasil avanços nessas áreas, mas ainda há problemas que precisam ser resolvidos

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Letalidade infantojuvenil ainda é um dos maiores problemas no Brasil
Nesses 30 anos de Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA),

Maioridade penal e encarceramento

A Diretora do Centro Internacional de Estudos e Pesquisas sobre a Infância (CIESPI) da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, Irene Rizzini, participou das discussões que geraram o Artigo 227 da Constituição Federal e o Estatuto da Criança e do Adolescente. Apesar dos avanços conquistados, a socióloga pondera que nenhuma lei é capaz de corrigir problemas sociais crônicos. "Não é o Estatuto que vai corrigir a desigualdade social. Mas ele é uma lei que, com as várias que vieram depois e com as políticas públicas criadas a partir do seu referencial, proporcionou uma mudança positiva em inúmeros aspectos."
A pesquisadora considera como ameaças a essa população iniciativas como reduzir a maioridade penal e aumentar o encarceramento de crianças e adolescentes. "É extremamente grave que se reduza o problema a encarcerar adolescentes. No Brasil, os adolescentes e jovens são as principais vítimas de homicídios. Irene alerta que haverá retrocessos se as crianças e adolescentes não ocuparem uma posição de prioridade no orçamento público. A socióloga afirma, ainda, que

Premissas do ECA moldaram políticas de saúde específicas