{{channel}}
Setor de máquinas e equipamentos mira repetir resultados de 2014
Com corredores lotados e estandes abarrotados, as empresas expositoras de máquinas e equipamentos agrícolas celebram a movimentação na 41ª Expointer. O segmento que gerou negócios de R$ 2,7 bilhões, em 2014, não consegue repetir a mesma performance desde então. Em 2017, para se ter uma ideia, o comércio no setor, ao longo da feira, chegou a R$ 1,9 bilhão - resultado 20% inferior ao obtido há quatro anos.
Continue sua leitura, escolha seu plano agora!
Já é assinante? Faça login
Tecnologia auxilia a definir o melhor maquinário para uso nas lavouras
Flexibilidade na plataforma e opções de regulagem são diferenciais identificados pelo produtor, Rudnei Zimmer, ao escolher uma colheitadeira. Depois de observar a central de comandos e ouvir com atenção as explicações do vendedor Laércio Silveira, ele deixou a cabine decidido. "Gostei da máquina. Pretendo comprar", declarou.
A CR5.85 da New Holland, é avaliada em R$ 840 mil. Zimmer, que além de plantar presta serviços em propriedades em São Luiz Gonzaga, explica que ganhos de 35% na produtividade e redução de custos com combustível facilitam a opção de negócio.
"É o que busco. O preço da minha máquina mais moderna é R$ 640 mil. Essa custa R$ 200 mil a mais, mas com o acréscimo de produtividade a própria máquina paga a diferença. Agora, preciso sentar e botar na ponta do lápis", comenta o agricultor com a simulação que prevê sete anos de prazo para quitar o investimento.
Distância não anula as facilidades de realizar as aquisições dentro da feira
Mais de 1,7 mil quilômetros separam Esteio das terras de Ernani Hengen Anklam, no Mato Grosso do Sul. Mesmo assim, foi na Expointer que o produtor com áreas em Sidrolândia e Jaraguari resolveu bater o martelo para a compra do trator que ajudará no próximo plantio. O planejamento para o ciclo é cobrir 1 mil hectares com soja e outros 1 mil com o milho safrinha.
Em um dos dias mais movimentados da feira, Anklam fechou o financiamento para a aquisição de um modelo de 145 cv da LS Tractor, por R$ 220 mil. As condições oferecidas pelo banco DLL (linha do Bndes com taxa de 7,5% ao ano, prazo de seis anos e um ano de carência) foram atrativas. "A modernização é fundamental. Ano que vem vou comprar mais tratores, mas com potência de 200 cv", avisa o produtor.
Produtor aproveita a Expointer para tomada de decisão
Sentado sobre a roda de um trator Mahindra 6060 Shuttle, o hortifruticultor, Inácio Hartmman, reflete sobre oferta e as condições de pagamento. Para levar a máquina para sua propriedade, ele precisa respeitar um teto de R$ 70 mil e obter condições de financiamento junto ao Sicredi. O produtor que possui duas máquinas já realizou uma compra na Expointer há oito anos. Em 2018, voltou à feira disposto a fechar negócio. "Não saio daqui sem trator", afirma.
Segundo o vendedor, Maico Brochier, o mercado está aquecido pela agricultura familiar. Até o momento, o concessionário da Mahindra fechou seis negócios. Ele explica que os agricultores de menor porte buscam aproveitar preços especiais de feiras e, muitas vezes, acabam fechando negócios depois.
Este é o caso dos conterrâneos Antônio Luiz Benetti e José Franth que passeiam pelo estande da Valtra em busca de modelos de até 70 c.v. O objetivo dos amigos, naturais de Riozinho, é encontrar a opção mais em conta e que se encaixe no orçamento. Comprar na feira é apenas uma consequência da oferta. "Comigo é assim, eu analiso e vou para o brique. Preciso de um trator ainda esse ano", comenta Franth que trabalha com plantação de pinus e pecuária.