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Pavilh�o Internacional

30/08/2018 - 12h25min. Alterada em 30/08 �s 15h05min

Pavilh�o Internacional da Expointer fica s� no nome

O espa�o que costumava receber, em m�dia, oito pa�ses, agora tem grandes vazios

O espa�o que costumava receber, em m�dia, oito pa�ses, agora tem grandes vazios


MARCELO G. RIBEIRO/JC
Luis Filipe Gunther
Quem costuma visitar o tradicional Pavilhão Internacional da Expointer pode notar que, na edição deste ano, o número de representantes de outros países reduziu e muito. O espaço de 1,2 mil metros quadrados têm áreas vazias que chamam a atenção de quem passa pelo local.
Essa redução já vem acontecendo há, no mínimo, três anos. Em 2016, o pavilhão recebeu oito países. Já em 2018 são apenas quatro nações, sendo que duas são de representações oficiais e outras duas são de mostra de produtos de expositores independentes. Estão na área Uruguai e Alemanha, com estruturas governamentais, e Peru e Equador, com comerciantes oriundos dos países.
Essa falta de representatividade internacional é causada pelo “caos econômico”, acredita Rodrigo Riso, coordenador do Pavilhão Internacional. Riso relata que a Secretaria Estadual de Agricultura entrou em contato com diversos consulados e que alguns desistiram de participar praticamente na semana que começava a exposição. Entre os países que desistiram de vir à feira estão os Estados Unidos, o Canadá e o Chile. “Estava tudo certo para que esses países comparecessem, mas alegaram que não poderiam mais trazer seus representantes poucos dias antes do parque abrir”, diz o coordenador. 
Afetada pela crise, a Argentina, forte aliado comercial do Rio Grande do Sul, também não pôde comparecer. De acordo com Riso, o país vizinho teve dificuldade de articular com as empresas que viriam representar a agroindústria local. A Argentina é o terceiro país que mais consome produtos do Estado. Nos anos anteriores, também havia uma área considerável da ApexBrasil, agência que faz promoção comercial do Brasil no exterior. 
Assim como em 2016 e 2017, o espaço foi dividido em seis setores. Cada lote tem 400 metros quadrados. Os espaços foram distribuídos entre instituições nacionais, como a Embrapa, Sebrae e o governo do Estado. Além deles, estão Uruguai, Peru, Equador e Alemanha. De acordo com a organização do evento, isso é uma solução para ocupar as lacunas que ficaram vazias por falta de consulados estrangeiras na exposição.

Peru e Equador lamentam esvaziamento e Uruguai est� satisfeito

Expointer 2018
fotos do pavilh�o internacional
Peruanos e equatorianos dizem que �rea est� menos atrativa ao p�blico
MARCELO G. RIBEIRO/JC
Há 18 anos participando da Expointer, a coordenadora do estande do Equador, Norma Jaqueline, diz que nunca havia visto tão poucos expositores dentro do pavilhão. De acordo com a artesã, a falta de outros países fez com que se tornasse menos interessante um dos setores mais tradicionais da exposição.
“Os outros consulados nos ajudavam, pois era um atrativo na feira. Sem eles o setor se tornou menos atraente e consequentemente diminuiu o público”, diz Norma. “Estamos lidando com um público menos consumista”, afirma ela. De acordo com a coordenadora, diferentemente de outros anos, o público está entrando no espaço para conhecer o "pavilhão internacional", mas acaba se frustrando e até deixa de comprar, pois são visitantes com renda menor.
O valor do ingresso para visitar a feira, que é de R$ 13,00, também seria um fator para afastar mais fluxo, diz Norma. O estande adotou desconto de 10% nos produtos para manter a atração. A alta do dólar, que ultrapassa os R$ 4,14, acaba impondo mais dificuldade. Os preços acabam encarecendo, diz ela.  
O que não falta é espaço dentro do pavilhão, porém essa não é a opinião da coordenadora do Peru, Margarita Gustamente. O espaço destinado a microempreendedores peruanos, que fica ao lado da estande do Equador, é o menor dentro do pavilhão. Margarita diz que isso “torna menos interessante as visitas”. Apesar de estarem ali para comercialização, ela diz que o principal foco é fomentar a cultura do país, que tem como um dos símbolos a a memória do povo Inca.
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Uruguaios trouxeram três empresas e uma pública para explorar potencial da feira 
Já os uruguaios avaliam que acertaram em vir para a Expointer. Um dos países mais presentes na exposição, o Uruguai trouxe para essa edição três empresas privadas e uma pública. O estande está dividido entre ações tecnológicas para a lavoura e vinícolas. O coordenador da exposição, Inácio Baez, diz que a procura tem sido grande e que tem gerado resultado positivo para as empresas que apostaram no evento.
Também na Expointer, o consulado britânico optou por ficar fora do pavilhão internacional. De acordo com a organização do parque, a representação ficou junto a uma associação de ovinos, próximo ao pavilhão da espécie, na área de grandes animais. Os ovinos e seus derivados são o principal produto britânico. 
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