Publicada em 30 de Agosto de 2019 às 19:22

Projeto aproxima restaurantes e bares de produtos regionais gaúchos

Produtores falaram sobre seus produtos durante uma oficina na Expointer

Produtores falaram sobre seus produtos durante uma oficina na Expointer


MARCUS BERTHOLD/DIVULGAÇÃO/JC
Patrícia Comunello, do Rio de Janeiro, especial para o JC
A agroindústria gaúcha tem fama de produtos de qualidade, mas nem sempre o consumidor consegue encontrar os ingredientes nos cardápios. Para aproximar as duas pontas da economia, o Sebrae-RS reuniu produtores de queijos, sucos, doce de leite e vinhos e espumantes e donos de restaurantes e bares na mesma sala durante a Expointer.
A atividade de harmonização fez parte do programa Juntos para Competir, que integra as ações das organizações do Sistema S - Senar (Sistema Farsul), Sebrae e Senac. Diversos encontros como esse movimentaram a área durante a feira.
O coordenador de Alimentos e Bebidas do Sebrae-RS, Roger Scherer Klafke, explica que a oficina busca aproximar donos de bares e restaurantes dos produtos ícones do Rio Grande do Sul, como vinhos espumantes, sucos, queijos e doce de leite.
“A vantagem de comprar os produtos é porque se consegue opções mais frescas oriundas do Estado, o que ajuda a economia local e traz novidades ao consumidor. Ou seja: todos os elos da cadeia produtiva ganham e o consumidor é valorizado”, acredita Klafke.
Klafke aponta algumas barreiras para ampliar a presença dos ingredientes locais na mesa dos estabelecimentos, como o desconhecimento sobre a qualidade dos produtos, a logística que precisa melhorar e o próprio consumidor que prefere, por exemplo, vinhos de outras origens ou países em vez de provar o gaúcho. Resumindo as razões que impedem maior demanda:
"O empresário de bar e restaurante segue o que o cliente pede e há a dificuldade do empresário de sair, conhecer novos produtos, garimpar mesmo novidades que possam ser produzidos localmente”, cita o coordenador de Alimentos e Bebidas do Sebrae-RS.
> VÍDEOS JC: Veja como foi uma das oficinas durante a Expointer:
A Gallon Sucos foi uma das convidadas. Pequena empresa familiar de Bento Gonçalves, a Gallon fabrica sucos de uva integrais e orgânicos. “Estamos em uma região com um microclima muito específico, pois ficamos no vale às margens do rio das Antas, com baixa altitude para a serra”, descreve o dono, Edvaldo Moro Gallon. O detalhe do ambiente ajuda a mostrar as características da bebida.
O dono da Gallon acredita que o futuro está nesse fluxo para restaurantes e bares como os que ele teve a chance de interagir durante a Expointer. “Nosso foco são restaurantes e casas especializadas, mas sofremos muito por não sermos ainda uma marca muito conhecida”, admite.
Para ampliar o conhecimento, a empresa trabalha com degustação e busca apoio de Sebrae e outras entidades. Outro complicador, diz Gallon, costuma ser o preço. “A gente trabalha com um produto diferenciado, com certo valor agregado e, por isso, somos comparados com outras marcas que têm maior volume e vantagens para formar preço”, compara. Para superar isso, Gallon busca mostrar a qualidade dos sucos. “Nossa aposta é que da harmonização saia um futuro cliente. A gente pretende fechar negócio”, anima-se o microempreendedor.
O chef e um dos donos do bar Capincho, situado no Quarto Distrito, em Porto Alegre, Marcelo Schambeck, diz que já é uma regra para "todo cozinheiro consumir o que é produzido na sua região". “No Capincho, 95% dos itens são regionais. Quanto mais perto vierem os ingredientes, mais qualidade têm”, opina Schambeck.
A preocupação ao oferecer a diversidade também é levada à mesa. O chef diz que o cliente é informar sobre os produtos usados, seja na casa ou nos canais de redes sociais. “A maioria dos nossos clientes já sabe o que vai no prazo, o que faz bastante diferença. Quanto mais divulgar melhor”, reforça o chef, ao comentar a importância da oficina realizada durante a Expointer.
Maria Fernanda Tartoni, chef e dona do Tartoni Ristorante, localizado no Bourbon Country, na Capital, comenta que está aumentando os produtos locais dentro do cardápio e atribui a decisão a uma melhora na logística e a preços mais acessíveis. Ela cita que as vinícolas gaúchas já têm boa presença no cardápio da casa.
“Estamos partindo agora para trabalhar mais com queijos locais. O momento (harmonização) é super apropriado para conhecermos mais os produtos, desde a história até a parte técnica”, ressalta Maria Fernanda. Durante o encontro, que foi no fim da tarde do dia 26, especialistas em alimentos e bebidas explicaram as origens e perfil dos produtos.
A chef do Tartoni observa que é importante fazer uma ambientação dos clientes com os ingredientes regionais e que isso é trabalhado no atendimento e em conteúdos pelas redes sociais. “Tentamos mostrar que consumir o item local é bom para a economia e para valorizar o nosso produto”, destaca a dona do Tartoni, que também preside o Conselho de Administração da Associação de Bares e Restaurantes no RS (Abrasel-RS).
A agroindústria gaúcha tem fama de produtos de qualidade, mas nem sempre o consumidor consegue encontrar os ingredientes nos cardápios. Para aproximar as duas pontas da economia, o Sebrae-RS reuniu produtores de queijos, sucos, doce de leite e vinhos e espumantes e donos de restaurantes e bares na mesma sala durante a Expointer.
A atividade de harmonização fez parte do programa Juntos para Competir, que integra as ações das organizações do Sistema S - Senar (Sistema Farsul), Sebrae e Senac. Diversos encontros como esse movimentaram a área durante a feira.
O coordenador de Alimentos e Bebidas do Sebrae-RS, Roger Scherer Klafke, explica que a oficina busca aproximar donos de bares e restaurantes dos produtos ícones do Rio Grande do Sul, como vinhos espumantes, sucos, queijos e doce de leite.
“A vantagem de comprar os produtos é porque se consegue opções mais frescas oriundas do Estado, o que ajuda a economia local e traz novidades ao consumidor. Ou seja: todos os elos da cadeia produtiva ganham e o consumidor é valorizado”, acredita Klafke.
Klafke aponta algumas barreiras para ampliar a presença dos ingredientes locais na mesa dos estabelecimentos, como o desconhecimento sobre a qualidade dos produtos, a logística que precisa melhorar e o próprio consumidor que prefere, por exemplo, vinhos de outras origens ou países em vez de provar o gaúcho. Resumindo as razões que impedem maior demanda:
"O empresário de bar e restaurante segue o que o cliente pede e há a dificuldade do empresário de sair, conhecer novos produtos, garimpar mesmo novidades que possam ser produzidos localmente”, cita o coordenador de Alimentos e Bebidas do Sebrae-RS.
> VÍDEOS JC: Veja como foi uma das oficinas durante a Expointer:
A Gallon Sucos foi uma das convidadas. Pequena empresa familiar de Bento Gonçalves, a Gallon fabrica sucos de uva integrais e orgânicos. “Estamos em uma região com um microclima muito específico, pois ficamos no vale às margens do rio das Antas, com baixa altitude para a serra”, descreve o dono, Edvaldo Moro Gallon. O detalhe do ambiente ajuda a mostrar as características da bebida.
O dono da Gallon acredita que o futuro está nesse fluxo para restaurantes e bares como os que ele teve a chance de interagir durante a Expointer. “Nosso foco são restaurantes e casas especializadas, mas sofremos muito por não sermos ainda uma marca muito conhecida”, admite.
Para ampliar o conhecimento, a empresa trabalha com degustação e busca apoio de Sebrae e outras entidades. Outro complicador, diz Gallon, costuma ser o preço. “A gente trabalha com um produto diferenciado, com certo valor agregado e, por isso, somos comparados com outras marcas que têm maior volume e vantagens para formar preço”, compara. Para superar isso, Gallon busca mostrar a qualidade dos sucos. “Nossa aposta é que da harmonização saia um futuro cliente. A gente pretende fechar negócio”, anima-se o microempreendedor.
O chef e um dos donos do bar Capincho, situado no Quarto Distrito, em Porto Alegre, Marcelo Schambeck, diz que já é uma regra para "todo cozinheiro consumir o que é produzido na sua região". “No Capincho, 95% dos itens são regionais. Quanto mais perto vierem os ingredientes, mais qualidade têm”, opina Schambeck.
A preocupação ao oferecer a diversidade também é levada à mesa. O chef diz que o cliente é informar sobre os produtos usados, seja na casa ou nos canais de redes sociais. “A maioria dos nossos clientes já sabe o que vai no prazo, o que faz bastante diferença. Quanto mais divulgar melhor”, reforça o chef, ao comentar a importância da oficina realizada durante a Expointer.
Maria Fernanda Tartoni, chef e dona do Tartoni Ristorante, localizado no Bourbon Country, na Capital, comenta que está aumentando os produtos locais dentro do cardápio e atribui a decisão a uma melhora na logística e a preços mais acessíveis. Ela cita que as vinícolas gaúchas já têm boa presença no cardápio da casa.
“Estamos partindo agora para trabalhar mais com queijos locais. O momento (harmonização) é super apropriado para conhecermos mais os produtos, desde a história até a parte técnica”, ressalta Maria Fernanda. Durante o encontro, que foi no fim da tarde do dia 26, especialistas em alimentos e bebidas explicaram as origens e perfil dos produtos.
A chef do Tartoni observa que é importante fazer uma ambientação dos clientes com os ingredientes regionais e que isso é trabalhado no atendimento e em conteúdos pelas redes sociais. “Tentamos mostrar que consumir o item local é bom para a economia e para valorizar o nosso produto”, destaca a dona do Tartoni, que também preside o Conselho de Administração da Associação de Bares e Restaurantes no RS (Abrasel-RS).
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