Expoagas 2019 promete movimentar R$ 520 milhões em negócios

Evento em Porto Alegre terá feira de negócios e apresentação de mais de 800 novidades ao mercado

Por Eduarda Endler

Prevendo mais um evento de grande magnitude, organizadores esperam público de cerca de 48 mil pessoas e 372 expositores
Tradicional entre o setor supermercadista, a Expoagas 2019 - 38ª Convenção Gaúcha de Supermercados, da Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), reunirá 48 mil pessoas ligadas à cadeia do abastecimento, entre os dias 20 e 22 de agosto, no Centro de Eventos da Fiergs, em Porto Alegre. Para o presidente da Associação, Antônio Cesa Longo, a feira cumpre um importante papel. "Estamos demonstrando a importância e a contribuição que o Rio Grande do Sul deu para o Brasil, através de um sistema cooperativista, associativista, limpo, honesto e transparente. Um modelo excelente para ajudar a fomentar os negócios. Temos esse objetivo na feira. Todos os estados brasileiros estão confirmando suas participações", destaca.
Além dos estados brasileiros, a Expoagas contará com a participação de delegações de outros 11 países, se consolidando em um evento de grande magnitude. A expectativa da associação é movimentar pelo menos R$ 520 milhões em negociações entre os 372 expositores e visitantes. "Tudo de tendência, responsabilidade ambiental, saudabilidade terá na feira", afirma. No total, 7 mil CNPJs estarão na Expoagas. 
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Agas discute a possibilidade de venda de medicamentos sem necessidade de receitas nos supermercados

Em aposta aos conceitos de liberdade econômica defendidos pelo governo federal, a Expoagas irá fomentar negócios que possibilitam crescimento para empresas do varejo, setor distribuidor e indústria, o que reforçará o setor supermercadista gaúcho e brasileiro. Nesse sentido, a principal reivindicação a ser levantada na feira é a possibilidade de os supermercados comercializarem medicamentos que não necessitam de prescrição médica (anódinos).
Para o presidente da Agas, Antônio Cesa Longo, essa possibilidade representa defender a liberdade econômica do setor supermercadista. "Assim como não nos opomos à venda de alimentos e itens de bazar nas farmácias, queremos a liberdade de mercado de comercializarmos medicamentos que não necessitam de receita, e somente estes, nos supermercados", explica.
Segundo ele, estudos mostram que, quando os supermercados venderam medicamentos sem necessidade de receita, esses itens registraram uma queda de, em média, 35% em seu preço. "Isso se dá porque o supermercado já tem uma operação robusta, diversificada e que sabe trabalhar com margens mais apertadas." Conforme o presidente, não haveria grandes mudanças na operação das lojas para a venda dos produtos, apenas a separação adequada dos medicamentos nos estoques e gôndolas.
Diferentemente das farmácias, que precisam de farmacêuticos nas lojas, conforme a legislação brasileira, os supermercados não precisariam desses profissionais para a venda de remédios sem necessidade de prescrição. "Prova disso é que remédios populares, como antitérmicos e sais de frutas, por exemplo, estão ao alcance dos consumidores no autosserviço das farmácias. Além disso, podem ser adquiridos por telefone ou internet, sem nenhuma supervisão de farmacêuticos. Queremos essa liberdade para trazer facilidade ao consumidor", afirma Longo.
Segundo ele, o consumidor terá acesso facilitado e com menores preços, caso os supermercados possam efetivamente concretizar essa venda de medicamentos.