Aprovado o primeiro medicamento para tratamento da Covid-19 no SUS

O baricitinibe já havia sido aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como tratamento para casos graves da doença

Por Agência Brasil

This undated National Institute of Allergy and Infectious Diseases, NIH handout photo obtained August 1, 2021, shows a transmission electron color-enhanced micrograph of SARS-CoV-2 virus particles, isolated from a patient. - The United States is unlikely to be sent back into lockdown despite a surge in Covid-19 cases stemming from the Delta variant, top US scientist Anthony Fauci said on August 1, 2021. America is in for "some pain and suffering in the future" but enough people have now been vaccinated to prevent a repeat of last winter's deadly surge, the infectious disease expert who advises President Joe Biden told ABC's "This Week." (Photo by Handout / various sources / AFP) / RESTRICTED TO EDITORIAL USE - MANDATORY CREDIT "AFP PHOTO /NATIONAL INSTITUTE OF ALLERGY AND INFECTIOUS DISEASES/NATIONAL INSTITUES OF HEALTH/HANDOUT " - NO MARKETING - NO ADVERTISING CAMPAIGNS - DISTRIBUTED AS A SERVICE TO CLIENTS
Pacientes adultos hospitalizados que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal por consequência da Covid-19 poderão ser tratados com baricitinibe. O medicamento - que passa a ser primeiro para o tratamento da Covid-19 incorporado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) - já tem registro no Brasil com indicação para artrite reumatoide ativa moderada a grave e dermatite atópica moderada a grave. A decisão foi publicada por meio da Portaria nº 34/2022 assinada pela Secretaria de Ciência e Tecnologia e Insumos Estratégicos (SCTIE) no Diário Oficial da União.
O baricitinibe já havia sido aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) como tratamento para casos graves da doença e teve recomendação de incorporação da Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec). Durante o processo de análise da Conitec, o tema foi submetido à consulta pública, entre os dias 15 e 24 de março, para contribuições de especialistas e da sociedade em geral.
A recomendação final da comissão, favorável à incorporação, foi tomada em reunião extraordinária, convocada na última quarta-feira (30). Os estudos analisados pela comissão apontam que o uso do medicamento pode contribuir para uma redução significativa de mortes por Covid-19 de pacientes adultos hospitalizados e que necessitam de oxigênio por máscara ou cateter nasal, ou que precisam de alto fluxo de oxigênio ou ventilação não invasiva.
O baractinibe é um medicamento que atua sobre o sistema imune, auxiliando no processo de recuperação de quadros inflamatórios. De forma mais específica, ele diminui a ação da interleucina-6 (IL-6), substância ligada à ocorrência de reações inflamatórias geradas por diversas doenças e se apresenta com níveis elevados em casos mais graves da doença.