Rio Grande do Sul confirma transmissão local da variante Ômicron do coronavírus

Anúncio foi feito pelo governo do Estado na sexta-feira (7), quando 255 casos foram identificados em 34 municípios

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RS é o quarto estado brasileiro que mais registrou casos de Covid-19 na pandemia, atrás de São Paulo, Minas Gerais e Paraná
A transmissão local ou comunitária da variante Ômicron do coronavírus no Rio Grade do Sul foi confirmada pelo governo do Estado. Até sexta-feira (7), segundo a Secretaria Estadual da Saúde (SES), já eram mais de 255 casos positivos ou sugestivos para essa linhagem em residentes de 34 municípios ou em visitantes testados no Estado.
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O conceito de transmissão comunitária ou local é definido quando o contágio entre pessoas ocorre no mesmo território, sem histórico de viagem ou sem que seja possível definir a origem da transmissão.
A variante foi identificada originalmente na África do Sul e é apontada como a responsável pelo súbito aumento de casos em vários países, incluindo o Brasil. Esse crescimento também já é percebido no Rio Grande do Sul nas últimas semanas, onde um aumento de contaminados e de procura por testes vem sendo registrado.
A declaração de transmissão comunitária alerta para a importância de serem mantidas e reforçadas as medidas de prevenção, como completar o esquema vacinal e as doses de reforço, usar máscara e evitar aglomerações.
Entre os casos identificados pela SES, 21 foram confirmados por sequenciamento completo, método mais preciso pelo qual é feita a leitura de toda a cadeia genômica do vírus. Os demais 228 são considerados sugestivos, caracterizados pelas amostras que tiveram o diagnóstico pelo exame de RT-PCR que identifica parcialmente a variante ou aqueles casos em que foram confirmados por serem de pessoas com sintomas e que sejam contato desses casos sugestivos.
O Laboratório Central do Estado (Lacen/RS) é um dos locais que realiza a testagem para a identificação das linhagens do coronavírus (SARS-CoV-2). No local, foi perceptível um aumento na proporção de ômicron para as demais variantes nos últimos dias.
Em 41 amostras coletadas entre 21 e 31 de dezembro, 80% foram sugestivas para a ômicron (por RT-PCR de inferência). No mesmo número de testes coletados entre 2 e 4 de janeiro, a proporção já passou para 95%.
Além do Lacen/RS, outros laboratórios no Estado já têm capacidade para essa análise sugestiva ou para o sequenciamento completo, como o Centro de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CDCT, que também faz parte do Cevs), a Universidade Feevale, Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Hospital Moinhos de Vento. Todos realizam a testagem dos casos por amostragem, já que por ser um exame mais complexo e com insumos mais específicos, não há capacidade para quem sejam analisadas todas as amostras de pessoas com Covid-19.