Anvisa pede sala exclusiva e treinamento de equipes para vacinação de crianças

Agência fez uma lista de recomendações para evitar erros na aplicação das doses contra a Covid-19 em crianças de 5 a 11 anos

Por Agência Estado

ANVISA
Após o
A Saúde recomenda que a imunização seja feita por faixa etária decrescente com prioridade para as crianças com comorbidade ou deficiência permanente, indígenas e quilombolas. Em seguida, devem ser imunizadas aquelas que vivem em lar com pessoas com alto risco para evolução grave de covid e depois crianças entre 10 e 11 anos, 8 e 9 anos; 6 e 7 anos e, por fim, crianças com 5 anos.
Veja as 17 recomendações da Anvisa para a vacinação de crianças de 5 a 11 anos
1) A imunização desta faixa etária deve começar após treinamento completo das equipes de saúde;
2) As doses devem ser aplicadas em ambiente específico e segregado da vacinação de adultos, em ambiente acolhedor e seguro para a população;
3) A vacinação de crianças em comunidades isoladas (aldeias indígenas, por exemplo), sempre que possível, deve ser feita em dias separados, não coincidentes com a vacinação de adultos;
4) A sala para aplicação de doses pediátricas deve ser exclusiva para a aplicação dessa vacina, não sendo aproveitada para a aplicação de outras vacinas, ainda que pediátricas. Não havendo disponibilidade de infraestrutura para essa separação, que sejam adotadas todas as medidas para evitar erros de vacinação;
5) O imunizante contra a covid não deve ser administrado de forma concomitante a outras vacinas do calendário infantil, por precaução, sendo recomendado um intervalo de 15 dias;
6) A vacinação das crianças deve ser evitada em postos de vacinação na modalidade drive thru;
7) As crianças devem ser acolhidas e permanecer no local da vacinação por pelo menos 20 minutos após a aplicação, facilitando que sejam observadas durante esse breve período;
8) Antes de aplicar a vacina, os profissionais de saúde devem informar ao responsável que acompanha a criança sobre os principais sintomas locais esperados (por exemplo, dor, inchaço, vermelhidão no local da injeção) e sistêmico (por exemplo, febre, fadiga, dor de cabeça, calafrios, mialgia, artralgia) e outras reações após vacinação, como linfadenopatia axilar localizada no mesmo lado do braço vacinado, que foi observada apósvacinação com vacinas de mRNA;
9) O responsáveis devem ser orientados a procurar o médico se a criança apresentar dores repentinas no peito, falta de ar ou palpitações após a aplicação da vacina;
10) Antes de imunizar as crianças, os profissionais de saúde devem mostrar ao responsável que se trata da vacina contra a covid. O frasco é da cor laranja e a dose é de 0,2ml, com 10 mcg do imunizante Comirnaty (Pfizer/Wyeth). A seringa a ser utilizada (1 mL) e o volume a ser aplicado (0,2mL) também devem ser apresentados aos pais ou responsáveis;
11) Deve ser implementado um plano de comunicação sobre as diferenças de cor entre os produtos, incluindo a utilização de redes sociais e estratégias mais visuais que textuais;
12) Atenção à possibilidade de existência de frascos de outras vacinas semelhantes no mercado, que sejam administradas dentro do calendário vacinal infantil, e que possam gerar trocas ou erros de administração;
13) As crianças que completarem 12 anos entre a primeira e a segunda dose devem permanecer com a dose pediátrica da vacina Comirnaty;
14) Os centros/postos de saúde e hospitais infantis devem ficar atentos e ser treinados para atender e captar eventuais reações adversas;
15) Adoção de um programa de monitoramento, capaz de captar os sinais de interesse da farmacovigilância;
16) Manutenção dos estudos de efetividade das vacinas para a faixa etária de 5 a 11 anos;
17) E adoção de outras ações de proteção e segurança para a vacinação das crianças, a critério do Ministério da Saúde e dos demais gestores da saúde pública.