Bolsas da Europa sobem, exceto Lisboa, apoiadas por bom humor em NY após dados

Os ganhos desta sexta encerram uma semana bastante positiva para os mercados europeus, no geral

Por Agência Estado

Com o exterior positivo, o dia foi de alguma retomada para as ações, com inclinação mais acentuada à tarde
As bolsas europeias fecharam em alta nesta sexta-feira (27), com exceção do mercado acionário de Lisboa. As praças no Velho Continente ganharam força após a abertura positiva em Wall Street, que refletiu indicadores que apontaram desaceleração da inflação e aumento do consumo nos Estados Unidos. Os ganhos desta sexta encerram uma semana bastante positiva para os mercados europeus, no geral. No acumulado semanal, o Stoxx 600 avançou 2,98%, enquanto a alta diária foi de 1,42%, aos 443,93 pontos.
Segundo o Departamento do Comércio, o núcleo do índice PCE - medida inflacionária preferida do Federal Reserve (Fed, o banco central norte-americano) - subiu 0,3% entre março e abril, marcando desaceleração ante a última alta mensal de 0,9%. Já os gastos com consumo subiram mais que o esperado.
Segundo o ING, os números indicam que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA deve subir mais de 3% no segundo trimestre - após o recuo nos primeiros três meses de 2022 - e o pico da inflação no país já foi ultrapassado. Os indicadores ajudaram Nova York a abrir com ganhos nesta sexta, dando fôlego também às bolsas europeias.
No cenário europeu, porém, há mais riscos de baixa para as ações com dados de inflação e a perspectiva de aperto monetário em debate. Na próxima semana, teremos a leitura preliminar da inflação na zona do euro de maio, em que esperamos alta anual de 8,0%, devido aos custos de energia, mas também às pressões crescentes de alimentos e serviços.
O dado só tornará o Banco Central Europeu (BCE) mais determinado, pensamos, a anunciar uma alta de juros em julho, após a reunião de junho", avalia o Morgan Stanley.
Entre os principais mercados europeus, o índice londrino FTSE 100 fechou em alta de 0,27%, aos 7.585,46 pontos. No Reino Unido, também pesa a perspectiva de aperto monetário, cujo ciclo já teve início após três altas de juro em reuniões consecutivas do Banco da Inglaterra (BoE).
Segundo a Capital Economics, novos estímulos fiscais anunciados na quinta-feira pelo governo do país ampliam a pressão para que o BC eleve seu juro básico para "território restritivo".
Em Frankfurt, o índice teve forte alta, de 1,62%, aos 14.462,19, seguido de perto pelo parisiense CAC 40, que subiu 1,64%, aos 6.515,75 pontos.
Em avanço mais modesto, o milanês FTSE MIB ganhou 0,37%, aos 24.636,26 pontos. Nas praças ibéricas, o madrilenho IBEX 35 subiu 0,50%, aos 8.933,60pontos, enquanto o lisboeta PSI 20 contrariou o movimento geral e recuou 1,02%, aos 6.240,72 pontos.