Referência em ESG, CMPC põe sustentabilidade nos negócios em pauta na Federasul

Diretor-geral da CMPC no Brasil, Maurício Harger, abordou os critérios ESG no Tá na Mesa desta quarta

Por Fernanda Soprana

Fabricante pretende investir R$ 2,75 bilhões até 2023, afirma Harger
A influência sustentabilidade nos negócios protagonizou a reunião-almoço Tá na Mesa, promovida pela Federasul, desta quarta-feira (25). Quem levou à temática ao Palácio do Comércio, em Porto Alegre, foi o diretor-geral da CMPC no Brasil, Maurício Harger. A multinacional chilena sediada em Guaíba é referência em ESG - sigla em inglês relacionada aos critérios ambientais, sociais e de governança a serem adotados pelas empresas.
Ao apresentar o convidado, o presidente da FEDERASUL, Anderson Trautmann Cardoso, lembrou que durante muito tempo existia uma dicotomia entre sustentabilidade e empreendedorismo, entre o cuidado com o meio ambiente e a lucratividade das empresas. E que hoje é possível pensar em preservação ambiental ao mesmo tempo em que se busca o desenvolvimento. “Mais do que conciliar crescimento com sustentabilidade, passamos a considerar a sustentabilidade como um ativo impulsionador do crescimento e da lucratividade”, disse o presidente.
Através do projeto BioCMPC, a fabricante de celulose pretende
Segundo o executivo, o grupo chileno assume metas de sustentabilidade a nível global desde 2019. Entre elas, ele cita que a CMPC pretende reduzir o uso de água nos processos industriais em 25% até 2025, quando também deve se tornar uma companhia com zero resíduo em aterros sanitários. Até 2030, o objetivo é diminuir em 50% as emissões de gases causadores do efeito estufa e acrescentar 100 mil hectares de áreas de conservação.

Cinco tendências ESG, segundo Harger

O diretor-geral da CMPC no Brasil pontuou cinco tendências de ESG de destaque no mercado atualmente e nos próximos anos:
  1. O volume investido em ESG vai crescer substancialmente;
  2. A inovação vai criar novos produtos de fontes renováveis;
  3. Economia circular criará novas empresas oriundas dos investimentos em ESG;
  4. Mais postos de trabalho estarão atrelados à economia verde e circular;
  5. Comunicação e métricas ESG deverão ser centrais para o negócio.
Harger ainda trouxe diversos dados internacionais para representar a urgência em aderir à agenda. Por exemplo, ele cita que 90% dos investidores dão importância ao desempenho ESG nas estratégias e tomadas de decisões. Entre eles, 86% acreditam que uma empresa com um forte programa e desempenho relacionados a esses critérios tem impacto significativo nas recomendações. Isso também se reflete nos consumidores, dos quais 83% valorizam as práticas sustentáveis alinhadas aos investimentos de um negócio.