Bolsas da Europa fecham em alta, com notícias corporativas em foco

Nesse quadro, Frankfurt, Paris e Lisboa encerraram nas máximas do dia

Por Agência Estado

STOCK TRADERS LISTEN TO THE FINAL SPEECH AFTER THE CLOSING TRADING SESSION NEGOTIATED BY TRADERS, AT THE MAIN FLOOR OF THE MERCANTILE AND FUTURES EXCHANGE (BM&F), IN SAO PAULO, BRAZIL, ON JUNE 30, 2009. FROM JULY 1ST, ALL NEGOTIATIONS ON BM&F WILL BE CONVERTED TO AN ELECTRONIC SYSTEM AS THE MAIN FLOOR WILL BE CLOSED. AFP PHOTO/MAURICIO LIMA
Os mercados acionários da Europa registraram ganhos, nesta quarta-feira (11). Algumas notícias corporativas apoiaram o humor, em jornada de recuperação após perdas recentes, mas ainda com riscos no radar, como a guerra na Ucrânia e seus efeitos e o embargo ao petróleo da Rússia na União Europeia. Nesse quadro, Frankfurt, Paris e Lisboa encerraram nas máximas do dia.
O índice pan-europeu Stoxx 600 fechou em alta de 1,74%, em 427,59 pontos.
Algumas notícias corporativas ajudaram a amparar o quadro. Swedish Match subiu 8,95% em Estocolmo, após a Philip Morris anunciar acordo para comprar a empresa de tabaco sueca pelo equivalente a US$ 16 bilhões.
Em Frankfurt, Thyssenkrupp teve alta de 11,22%, depois de elevar projeções de receita e lucro operacional para 2022. Na praça londrina, Compass Group avançou 7,39%, após a multinacional britânica de serviços alimentícios melhorar previsão de receita anual, em seu balanço.
A recuperação nas bolsas desta quarta-feira se sobrepôs aos sinais de aperto na política monetária. Integrante do conselho do Banco Central Europeu (BCE), Isabel Schnabel ressaltou que é hora de agir, a fim de combater os riscos de desancoragem das expectativas de inflação. Vice do BCE, Luis de Guindos previu inflação em 4% a 5% no fim do ano na zona do euro, bem acima da meta de 2%, enquanto o dirigente François Villeroy de Galhau afirmou que a alta de juros gradual deve começar no verão no Hemisfério Norte, iniciado em junho.
A presidente do BCE, Christine Lagarde, também falou, dizendo que o programa de compra de ativos (APP, na sigla em inglês) deve ser concluído no começo do terceiro trimestre e que a primeira alta de juros acontecerá "algum tempo" depois disso, sendo que isso pode significar, segundo ela, apenas algumas semanas.
Na Bolsa de Londres, o índice FTSE 100 fechou em alta de 1,24%, em 7.347,66 pontos. BP subiu 3,69%, em jornada de ganhos para o petróleo.
Em Frankfurt, o índice DAX avançou 2,17%, a 13.828,64 pontos. E.ON subiu 3,82%, no setor de energia, e entre os bancos Deutsche Bank e Commerzbank tiveram altas de 2,34% e 2,05%.
Na Bolsa de Paris, o índice CAC 40 subiu 2,50%, a 6.269,73 pontos.
Em Milão, o índice FTSE MIB registrou ganho de 2,59%, a 23.681,36 pontos. Os papéis mais negociados foram Intesa Sanpaolo, em alta de 4,21%, e Telecom Italia, de 3,95%, seguidos por UniCredit, que registrou alta de 10,79% após anunciar recompra de ações para esta semana.
O índice Ibex 35, da Bolsa de Madri, fechou em alta de 2,13%, em 8.312,60 pontos. Santander foi o papel mais negociado na praça espanhola, em alta de 2,26%.
Em Lisboa, o índice PSI 20 subiu 1,21%, a 5.789,96 pontos.