Segundo andar do Mercado Público deve ser liberado para operações em julho

Seis estabelecimentos serão instalados no pavimento, ainda em obras na rede elétrica

Por Fernanda Crancio

Reforma elétrica e dos elevadores do prédio é aguardada para a entrega
A liberação do segundo andar do Mercado Público de Porto Alegre, parcialmente destruído por um incêndio em 2013, deverá ocorrer ao longo do mês de julho, quando o sinistro completa exatos nove anos. Esse é ó prazo que a prefeitura da Capital considera para a entrega da reforma elétrica e dos elevadores do prédio, o que já permitirá a reocupação dos restaurantes, bares e estabelecimentos do piso superior.
Ainda faltará a instalação das novas escadas rolantes ligando os dois pavimentos, prevista para o decorrer do segundo semestre deste ano. O equipamento vem da China e não tem data estimada de entrega, por questões logísticas e aduaneiras. Segundo a Secretaria Municipal de Planejamento e Assuntos Estratégicos, o andamento da obra,
Dentre o projeto mais amplo de revitalização do Mercado, ainda falta avançar na recuperação e pintura das fachadas externas do prédio, iniciadas no mês de fevereiro. O processo de pintura depende da entrega das tintas, que serão doadas pela empresa Suvinil e não têm data de entrega prevista. 
Inaugurado em 1869, com apenas um piso, o Mercado Público foi ampliado em 1912, quando recebeu o andar superior e ornamentos na fachada, transformando-se em um dos cartões-postais da capital gaúcha. Patrimônio Cultural de Porto Alegre desde 1979, o prédio passou por uma restauração na década de 1990. O incêndio que destruiu cerca de 60% do segundo andar ocorreu em 6 de julho de 2013, destruindo seis restaurantes, o Memorial do Mercado, a sede da UEP – Monumenta e a subestação transformadora de energia elétrica. A cobertura em telhas cerâmicas também foi totalmente danificada, assim como parte do telhado metálico do pátio central, restaurado entre 2014 e 2016.

PPCI provisório é aprovado pelo Corpo de Bombeiros

Ainda aguardando a liberação definitiva de seu Plano de Prevenção e Proteção Contra Incêndio (PPCI), que depende do encerramento das obras de revitalização, o Mercado Público recebeu a aprovação provisória do documento pelo Corpo de Bombeiros. O laudo comprova que as exigências feitas para que o local opere de forma segura tanto para clientes quanto para permissionários e funcionários foram cumpridas.
Segundo a Associação do Comércio do Mercado Público Central (Ascomepc), hpa anos a aprovação do PPCI vinha sendo aguardada. Em 2017, quatro anos após o incêndio no prédio, os próprios permissionários assumiram a responsabilidade pelas obras necessárias à adequação ao Plano, até então a cargo do município. Orçado na época em R$ 1,5 milhão, foi necessário que os mercadeiros bancassem o projeto, com o intuito de dar agilidade a todo o processo, fundamental para a reabertura dos restaurantes mais impactados pelo sinistro de 2013.
De lá para cá, o Mercado obteve um alvará provisório em 2019 e, agora, os permissionários comemoram também a aprovação do PPCI provisório. “Todos tivemos de fazer sacrifícios para chegar até aqui, mas ter esse documento em mãos, que comprova que fizemos tudo que nos foi pedido, é motivo de muita satisfação. Ninguém mais do que nós, que vivemos o dia a dia do Mercado, esperava mais por isso. Agora, vamos concluir o que falta o quanto antes para finalizarmos com sucesso mais esta etapa”, destaca a presidente da Associação, Adriana Kauer.
Entre as exigências dos Bombeiros atendidas pela Associação destacam-se a colocação de extintores e de sinalização de emergência, contratação de uma Brigada de Incêndio, elaboração de um plano para emergência, colocação de alarme de detecção de incêndio, instalação de gás natural e local facilitado para acesso de viatura, entre outros. Ainda falta a conclusão da instalação dos materiais de revestimento exigidos, que dependem do término da obra elétrica, previsto para julho.