Bolsas da Ásia fecham na maioria em baixa, com sinais de desaceleração chinesa

A expectativa de aumentos de juros, principalmente nos EUA, também compromete o apetite por risco na Ásia

Por Agência Estado

Bolsas asiáticas, mercado financeiro, bolsas da Ásia Pedestrians look at an electronic quotation board displaying share prices on the Tokyo Stock Exchange in Tokyo on November 17, 2020. (Photo by Kazuhiro NOGI / AFP)
As bolsas da Ásia e do Pacífico fecharam majoritariamente em baixa nesta segunda-feira (9), após dados mostrarem que o avanço das exportações chinesas atingiu o menor nível em quase dois anos, reforçando temores sobre a perspectiva da economia global.
Em abril, as exportações da China tiveram expansão anual de 3,9%, em linha com as expectativas, mas bem menor do que o ganho de 14,7% visto em março, em mais um indício de que a política de tolerância zero de Pequim contra a Covid-19 segue causando forte desaceleração da segunda maior economia do mundo.
Na China continental, os mercados tiveram ganhos modestos hoje: o Xangai Composto subiu apenas 0,09%, a 3.004,14 pontos, e o menos abrangente Shenzhen Composto avançou 0,35%, a 1.865,92 pontos.
Em outras partes da região asiática, no entanto, o dia foi negativo. O japonês Nikkei teve queda de 2,53% em Tóquio, a 26.319,34 pontos, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,27% em Seul, a 2.610,81 pontos, e o Taiex registrou baixa de 2,19% em Taiwan, a 16.048,92 pontos. Em Hong Kong, a bolsa não operou nesta segunda devido a um feriado local.
A expectativa de aumentos de juros, principalmente nos EUA, também compromete o apetite por risco na Ásia. As bolsas de Nova York encerraram a última semana com perdas, após sinais de resiliência no mercado de trabalho americano reforçarem a visão de que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) continuará elevando juros em ritmo forte para combater pressões inflacionárias.
Na Oceania, a bolsa australiana seguiu a maioria das asiáticas, e o S&P/ASX 200 caiu 1,18% em Sydney, a 7.120,60 pontos, terminando o pregão no menor patamar desde meados de março. Com informações da Dow Jones Newswires.