Grupo Cobra insistirá na Aneel quanto à transferência da térmica de Rio Grande

Empreendimento prevê também construção de píer e de unidade de regaseificação

Por Jefferson Klein

Aneel negou requerimento administrativo das empresas envolvidas
Apesar da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) ter decidido negar o requerimento administrativo que buscava viabilizar a transferência do projeto da termelétrica de Rio Grande da gaúcha Bolognesi para a espanhola Cobra, o grupo europeu não desistiu de convencer o órgão regulador que a proposta atende às exigências legais e técnicas para ser analisada. A companhia tentará novamente ir adiante com o pedido, dentro da Aneel, que permitiria a construção de uma usina, de um píer para receber gás natural liquefeito (GNL) e de uma unidade de regaseificação, cujo investimento somado é estimado em aproximadamente R$ 6 bilhões.
“A Cobra Brasil entende que deve continuar pleiteando administrativamente perante a agência, o que fará nos próximos dias, seu direito de ter o plano de transferência analisado e que seu correto entendimento lhe permitirá obter uma decisão favorável para a mudança de controle e, consequentemente, permitir que o Brasil disponha de uma infraestrutura para a chegada do gás e a produção de energia no Sul do País”, afirma em nota a empresa. A Aneel revogou a outorga da termelétrica em 2017, devido a atrasos na implantação do complexo.
Os empreendedores envolvidos com a iniciativa tentam reverter essa situação e uma das medidas para isso seria o Grupo Cobra assumir o projeto. No entanto, no Diário Oficial da União de segunda-feira (25) foi publicada a decisão da Aneel de não reconhecer o requerimento administrativo feito nesse sentido pelas empresas. Assim, por enquanto, a outorga da usina permanece revogada como também os contratos rescindidos.