Total anuncia suspensão de atividades na Rússia e fim de compras de petróleo

A companhia condenou a ofensiva russa no território vizinho e disse que o conflito tem "trágicas consequências" para a população e "ameaça a paz na Europa"

Por Agência Estado

(FILES) Esta foto de arquivo tirada em 28 de maio de 2021 mostra o novo logotipo da TotalEnergies durante sua cerimônia de inauguração, em uma estação de carregamento em La Defense, nos arredores de Paris. - O grupo francês TotalEnergies anunciou em 22 de março sua decisão de interromper todas as compras de petróleo ou derivados russos, "até o final de 2022, o mais tardar".
A TotalEnergies anunciou, nesta terça-feira (22), a "gradual suspensão" de suas atividades na Rússia, em resposta à invasão da Ucrânia. Em comunicado, a petroleira sediada na França informou que não firmará ou renovará contratos de petróleo e derivados russos, com objetivo de encerrar todas as compras do setor até o final de 2022.
A empresa ressaltou que as medidas respondem a acusações "sérias e infundadas" de que seria "cúmplice de crimes de guerra". A companhia condenou a ofensiva russa no território vizinho e disse que o conflito tem "trágicas consequências" para a população e "ameaça a paz na Europa".
A Total negou operar diretamente campos de petróleo ou centrais de gás natural no país. Revelou, no entanto, que não pretende abandonar alguns ativos mantidos na Rússia, porque as sanções internacionais dificultariam a busca por compradores. "Abandonar esses interesses sem consideração enriqueceria os investidores russos, em contradição com o propósito das sanções", disse a empresa.
A petroleira vinha sofrendo pressão para deixar o país desde o início da guerra, quando as rivais BP e Royal Dutch Shell reagiram mais rapidamente e logo anunciar a suspensão de operações russas.