Privatização da Corsan está prevista para ocorrer até julho

Inicialmente, desestatização iria acontecer em fevereiro

Por Jefferson Klein

Governo tinha estipulado para julho venda de ações da empresa
Em fato relevante publicado na Comissão de Valores Mobiliário (CVM), o governo do Estado informou que pretende concluir o processo de privatização da Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan), que será realizado por meio da oferta pública inicial de ações de emissão da empresa, até julho deste ano. Em janeiro, a iniciativa, que estava prevista para ocorrer em fevereiro, já havia sido adiada, mas não tinha sido estipulado um novo prazo para a desestatização.
Na mensagem enviada à CVM, o governo estadual reitera que o objetivo da oferta de ações é atender ao novo marco legal do saneamento no Brasil, “universalizando a coleta e o tratamento de esgoto e proporcionando segurança no abastecimento de água da população gaúcha”. Ainda conforme as informações prestadas à instituição ligada ao mercado de capitais, a operação “está sujeita à obtenção das aprovações necessárias, incluindo a concessão do registro da oferta por parte da CVM e do deferimento da listagem da companhia por parte da B3, além de condições políticas, macroeconômica e de mercado favoráveis, dentre outros fatores alheios à vontade da companhia e de seu controlador”.
O governo do Rio Grande do Sul hoje é detentor de 99% das ações da Corsan e não chegou a definir o percentual que irá vender, entretanto a perspectiva é que o Estado fique ainda com em torno de 30% dos papéis. O plano de investimento da companhia, que atende a 317 municípios gaúchos, prevê um desembolso de R$ 12,5 bilhões até 2033.
Recentemente, a Conselho Superior da Agência Estadual de Regulação dos Serviços Públicos Delegados do Rio Grande do Sul (Agergs) examinou a capacidade econômico-financeira da empresa para o cumprimento da universalização do abastecimento de água e esgotamento sanitário. Em nota, o órgão regulador informou que “reconheceu a capacidade econômico-financeira da companhia para o cumprimento das metas, identificando a necessidade de alterações às propostas de aditivos contratuais apresentados pela Corsan aos municípios para a adequação à legislação”.