Reajuste dos combustíveis deve aumentar custos de operação do transporte no RS

Em nota, representantes do setor demonstraram preocupação com a alta dos preços nos postos de gasolina.

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Um dia após o anúncio de reajuste pela Petrobras, os postos de combustíveis gaúchos já subiram os preços nas bombas nesta sexta-feira (11). A alta deve resultar na disparada dos custos de operação do transporte coletivo no Rio Grande do Sul, prevê o setor em nota divulgada pela manhã.
O texto é assinado pelos presidentes da Associação dos Transportadores Intermunicipais Metropolitanos de Passageiros (ATM) e o Sindicato das Empresas de Transportes Rodoviários do Estado do Rio Grande do Sul (SETERGS) — José Antônio Ohlweiler e Fabiano Rocha Izabel, respectivamente.
As entidades afirmam que o aumento consequente do reajuste vai gerar um desequilíbrio no sistema de transporte.
"O diesel é o segundo item que mais pesa no valor da tarifa, depois da mão de obra, e a despesa com esse insumo passará a representar 35% do custo operacional das empresas. Lembrando que, em 2021, a alta acumulada desse combustível já havia sido superior a 50%", ressaltam os representantes, em nota.
Ohlweiler e Rocha Izabel ainda defendem o transporte coletivo como serviço essencial à economia e trabalhadores de diversos setores.
"A ATM e o SETERGS reforçam a necessidade de uma política de ações imediatas por parte das esferas federal, estaduais e municipais, para buscar a sobrevivência do setor e a manutenção do direito de um transporte de qualidade para os usuários, razão de ser de todas as ações", concluem.
Na tarde de quinta, o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio Varejista de Combustíveis e Lubrificantes no Rio Grande do Sul (Sulpetro), João Carlos Dal'aqua, afirmou que o reajuste nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha terá efeito positivo no fornecimento às distribuidoras gaúchas. Em entre 0,5 e 0,6 ponto percentual à inflação do Brasil, segundo o Índice de Preços ao Consumidor da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (IPC-Fipe).