Eduardo Leite diz que oferta de ações da Corsan 'é necessária e deve acontecer'

Oferta de capital, com perda de controle pelo governo, seria em fevereiro e foi adiada

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Em entrevista na TV, governador afirmou que operação se mantém
O governador Eduardo Leite afirmou, em entrevista na noite dessa terça-feira (25) ao programa Cruzando Conversas, da RDC TV, que tem "convicção que a operação (de venda de ações da Corsan) é necessária e deve acontecer".
A oferta do capital, que era prevista para ser feita em fevereiro, foi adiada por decisão do governo gaúcho, que detém quase 100% do capital da estatal. A venda do controle da estatal foi aprovada em 2021 pela Assembleia Legislativa e faz parte do pacote de privatizações do governo atual. A Corsan é um dos ativos mais valiosos e última da lista de estatais com grande potencial de atração de investidores que ainda não foi ofertada. 
Leite disse ao jornalista Renato Martins, apresentador do programa, que não poderia comentar a decisão devido ao período de silêncio do processo de abertura de capital. O governador citou, antes de falar sobre a estatal de saneamento, que uma "série de empresas estão anunciando suspensão de abertura de capital por causa de condições de mercado".
"Estamos em um processo de discussão ainda para encerramento do ciclo de montagem da operação. Não posso avançar muito nessa conversa, pois a abertura tem regulação da CVM (Comissão de Valores Mobiliários). Estamos em um período de silêncio", alegou Leite.
Mas o governador indicou que, mesmo que a oferta não seja lançada para a atual janela, "a operação se mantém".
A mensagem enviada para a CVM nessa terça-feira (25) não apresentou razões da suspensão para o próximo mês, limitando-se a informar que se tratava de decisão do controlador. "Como não lançamos a operação, ela não vai acontecer em fevereiro, mas não quer dizer que não aconteça depois", acrescentou Leite.