Apple é avaliada em US$ 3 trilhões, mais do que o dobro do PIB do Brasil

Marca prova o bom desempenho da empresa em divisões diferentes

Por Agência Estado

People walk past an Apple retail store on July 13, 2021 in New York City. - Stock markets were slightly softer on news of the biggest jump in US inflation in more than two decades and disappointment in results from US investment banks. As trading ended in London, Frankfurt and Paris, major indices hovered around the zero mark, while the Dow Jones index was also a tiny bit lower in midday New York exchanges. (Photo by Angela Weiss / AFP) Caption
A Apple se tornou nesta segunda-feira (3)a primeira empresa de capital aberto a atingir o valor de US$ 3 trilhões, mantendo a dona do iPhone como a companhia mais valiosa do mundo. A empresa já havia quebrado o recorde do US$ 1 trilhão, em agosto de 2018, e dos US$ 2 trilhões, em agosto de 2020.
A marca foi alcançada por volta das 15h50, quando o valor da ação atingiu US$ 182,86 - na sequência, houve recuo. O novo recorde mostra a expansão da empresa no últimos anos. A título de comparação, o valor é mais de 4,5 vezes superior à capitalização de todas companhias brasileiras listadas na B3, de US$ 685 bilhões em novembro de 2021.
Em um cenário hipotético, se a Apple fosse um país e essa avaliação de mercado fosse o seu Produto Interno Bruto, a "nação iPhone" seria a quinta maior potência do mundo em 2020, atrás apenas de Estados Unidos (US$ 20,9 trilhões), China (US$ 14,7 trilhões), Japão (US$ 4,9 trilhões) e Alemanha (US$ 3,8 trilhões) - o Brasil ficaria na 13.ª posição, com US$ 1,4 trilhão, segundo o Banco Mundial.
Para Dan Ives, analista da consultoria americana Wedbush, a marca prova o bom desempenho da empresa em divisões diferentes. "O elemento fundamental para a avaliação da Apple continua sendo o negócio de serviços, que acreditamos valer US$ 1,5 trilhão, juntamente com o ecossistema de hardware, que está em seu ciclo de produto mais forte em mais de uma década, com o impulso do iPhone 13", disse Ives, em nota para investidores no fim de 2021.
O alvoroço dos investidores também se explica pelo possível lançamento de um novo produto em 2022: um óculos de realidade virtual, o que colocará a empresa no ramo do metaverso, com chance de ampliar ainda mais suas receitas. "(Esse produto) cria uma nova linha de receita nada desprezível. É um mundo de oportunidades", diz William Castro, estrategista-chefe da corretora Avenue.