No segmento de guindastes, a Hyva já se posiciona dentre os três maiores fabricantes do Brasil. De acordo com Rogério De Antoni, neste ano, a marca ganhou mais três pontos de participação, ficando muito próximo do líder. Para 2020, a projeção é conquistar mais três pontos com novos produtos específicos para a eletrificação.
Diante da retomada forte do mercado interno, as exportações deverão ter participação menor no total do faturamento. Para De Antoni, o índice deve ficar na casa dos históricos 30%. Durante a crise, a parcela chegou aos 50%, com incremento de vendas para os Estados Unidos e países asiáticos - para estes por meio de acordo interno com as demais fábricas. Com o incremento do mercado interno, estes clientes passaram a ser atendidos por outras unidades do grupo.
Exportações de máquinas e equipamentos caem 10,6%
As exportações de máquinas e equipamentos em setembro recuaram 10,6% ante agosto, segundo a Abimaq, entidade que congrega as empresas do setor. Na comparação com setembro do ano passado, houve um ligeiro crescimento de 0,1% e no acumulado do ano até setembro, uma queda de 4,5% ante mesmo período de 2018.
As importações caíram 28,4% na margem, cresceram 30,7% em setembro ante idêntico mês em 2018 e aumentaram 18,7% no acumulado do ano até setembro ante o mesmo período do ano passado.
O saldo entre as exportações e as importações mostrou uma queda de 40,2% em setembro ante agosto, uma alta de 87,1% sobre setembro do ano passado e um aumento de 62,5% no acumulado do ano até setembro sobre igual período em 2018.
O nível de emprego no setor de máquinas e equipamentos recuou 0,3% de agosto para setembro. No fim do mês passado o setor empregava 307,688 mil trabalhadores. Na comparação com setembro de 2018, o número de empregados cresceu 2,1%.
No acumulado de 2019 até setembro, o índice que mede o emprego na indústria de máquinas e equipamentos cresceu 3,7% sobre idêntico mês no ano passado.
Já o faturamento da indústria de máquinas e equipamentos cresceu 0,1% em setembro ante agosto. Em valores, o faturamento foi de R$ 7,579 bilhões. Na comparação com setembro do ano passado, o faturamento cresceu 2,2%, No acumulado ano o setor de máquinas e equipamentos faturou R$ 61,437 bilhões, valor que supera em 1,2% o faturamento registrado no mesmo período do ano passado.
O consumo aparente do setor, que considera o total da sua produção adicionada das importações e subtraída das exportações, caiu 16,4% em setembro ante agosto, subiu 16,8% ante setembro do ano passado e subiu 13,6% no acumulado do ano até setembro ante o mesmo período do ano passado.
Venda para Caoa não sai, e unidade da Ford vai fechar
Sem a conclusão da venda para um novo controlador, a unidade de caminhões da Ford, em São Bernardo do Campo, vai encerrar as atividades hoje. Na manhã de ontem, o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC informou aos trabalhadores durante assembleia na entrada da fábrica que o negócio ainda não foi concluído e que os cerca de 600 funcionários que trabalham na linha de montagem dos veículos serão demitidos nos próximos dias. As informações são de que o Grupo Caoa não conseguiu financiamento do total de recursos necessários para a compra da unidade.
O grupo Caoa, que tinha mostrado publicamente interesse em assumir a fábrica, informou que ainda "não há maiores informações sobre as negociações". A Ford confirmou o encerramento da produção no dia 30 de outubro e informou que se manifestaria amanhã sobre o fechamento da unidade. Procurada, a secretaria de Fazenda do governo paulista informou que não tinha conhecimento sobre como andam as negociações entre a Ford e a Caoa.
A Ford tinha cerca de 2.200 trabalhadores em São Bernardo. No início deste ano, a montadora anunciou que, após sucessivos prejuízos, estava saindo do mercado de caminhões da América Latina e informou que a fábrica seria fechada. La também havia a fabricação do Ford Fiesta, que foi encerrada em meados de julho.
Desde o início do ano, 1.200 colaboradores já foram desligados. Eles aderiram o pacote de incentivos para a demissão, que prevê pagamento de pelo menos dois salários a cada ano trabalhado, além de outros benefícios conforme o tempo de empresa. Na unidade da Ford de São Bernardo, ainda devem permanecer mil funcionários administrativos. Eles devem ser transferidos para a nova sede administrativa da montadora na zona Sul de São Paulo em março de 2020.