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Rio Grande do Sul prepara revisão de incentivos fiscais
Em 2018, desonerações do ICMS foram de R$ 9,7 bilhões
O governo gaúcho pretende fazer uma análise da carga tributária de todos os setores da encomia do Rio Grande do Sul para, posteriormente, mexer na estrutura de impostos do Estado. A projeção é de que uma Reforma Tributária seja proposta até junho do próximo ano. O secretário da Fazenda, Marco Aurelio Cardoso, adianta que a iniciativa avaliará a revisão de benefícios fiscais e alterações de alíquotas do ICMS.
"Isso não prejudicará acordos e contratos que tenham sido assinados, mas incentivos setoriais, que são dados em caráter temporário, podem ser revistos", comenta o secretário. Cardoso defende que é preciso ter um balanço mais completo de qual é o impacto que os benefícios fiscais geram no desenvolvimento do Estado, além de ter transparência quanto aos dados.
Nesse sentido, em agosto será instaurado um grupo técnico de avaliação econômica dos incentivos que terá a participação de membros da secretaria da Fazenda, Receita Estadual, Tesouro do Estado, Departamento de Economia da Unisinos, entre outros.
A equipe fará um diagnóstico do histórico de desonerações, estabelecerá um panorama dessa questão no Estado comparando com outras regiões do País, irá elaborar indicadores de efetividade e redesenhará estratégias quanto à concessão dos incentivos. A perspectiva é que em março do próximo ano já se tenha a primeira versão dos estudos técnicos de avaliação econômica dos incentivos fiscais. Caso um benefício não esteja cumprindo o seu objetivo (gerar emprego e renda), se houver possibilidade legal para isso, poderá ser revisto.
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