Rio Grande do Sul quer dobrar oferta de voos regionais

Governo reduz ICMS de combustível de aviões e flexibiliza regras para atrair companhias

Por Patrícia Comunello

Pista do Aeroporto Sepé Tiaraju, em Santo Ângelo, foi restaurada
Que tal embarcar em um avião em Porto Alegre e pouco mais de uma hora depois aterrissar em Santana do Livramento, na fronteira com o Uruguai, em vez de pegar um ônibus e só sete ou quase oito horas depois chegar ao destino? Em pouco tempo, a primeira opção deve estar disponível graças às medidas anunciadas pelo governo gaúcho nesta quarta-feira (3) e que buscam dobrar o número de rotas de voos regionais, hoje com seis linhas para 12.
A companhia Azul deve ativar a rota para Livramento e Bagé, informou o governo nesta quinta-feira (4) em anúncio no Palácio Piratini. A Gol Linhas Aéreas tem planos de oferecer seis novos voos regionais, com capacidade para nove passageiros cada, contratando a Two Flex para a operação dos voos. Entre os destinos, a partir de Porto Alegre, estão Bagé, Santana do Livramento, São Borja, Santa Rosa e Passo Fundo. 
Um exemplo: passagem em voo de uma hora e 20 minutos até Santo Ângelo, ofertado pela Azul, para 31 de julho está entre R$ 174,88 e R$ 239,88 - normalmente, compras antecipadas conseguem tíquetes mais baratos -, valores muito próximos aos da passagem de ônibus, com viagem que leva mais de sete horas. 
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Espaço aéreo gaúcho

São seis rotas regionais, operadas pelas Azul com aeronaves de, pelo menos, 70 lugares:
Porto Alegre-Santa Maria
Porto Alegre-Uruguaiana
Porto Alegre-Pelotas
Porto Alegre-Santo Ângelo
Caxias do Sul-Campinas (SP)
* 120 lugares
Passo Fundo-Campinas (SP)
* 120 lugares
As novas rotas, em fase de conclusão:
Porto Alegre-Rio Grande
Porto Alegre-Bagé
* Azul deve começar a operar
Porto Alegre-Santana do Livramento
* Azul deve começar a operar
Porto Alegre-São Borja
Porto Alegre-Santa Rosa
Porto Alegre-Passo Fundo
Incentivos criados pelo Estado:
Menor alíquota do ICMS de 2% para querosene de aviação a partir de 1º de janeiro de 2020. 
A alíquota menor dependerá da disponibilidade de assentos em voos regulares entre cidades do interior gaúcho e até para outras regiões, frequência de voos e consumo de combustível e rotas operadas