Rubem Novaes vai assumir o comando do Banco do Brasil

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Novaes esteve à frente de entidades patronais como a CNI
A equipe econômica de Jair Bolsonaro definiu nesta quinta-feira três nomes do time comandado por Paulo Guedes. Rubem Novaes será presidente do Banco do Brasil (BB), Pedro Guimarães comandará a Caixa Econômica Federal e Carlos von Doellinger será o chefe do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea).
Ivan Monteiro fica de fora do time montado, embora seu trabalho na Petrobras seja bem avaliado por integrantes da equipe econômica. Monteiro teria interesse em presidir o BB, mas foi barrado por pressões políticas pelo fato de ter trabalhado ao lado de Aldemir Bendine, condenado e preso na Operação Lava Jato.
Vagas importantes no time de Guedes ainda faltam ser preenchidas. Uma delas é a da nova secretaria de Privatizações. Wilson Poit é um dos cotados, mas a indicação dele para a vaga não é confirmada. O objetivo da equipe econômica é indicar, ainda nos próximos dias, um nome para ocupar a secretaria de Indústria e Comércio.
De perfil liberal, Novaes é oriundo da Universidade de Chicago (EUA). Ele integrou o time de Paulo Guedes, sendo responsável pela formulação do programa de desestatização do novo governo. Esteve à frente de entidades patronais, como Confederação Nacional da Indústria (CNI) e foi diretor do Bndes.
Guimarães é sócio do banco de investimentos Brasil Plural e tem uma vasta experiência no mercado financeiro. Doutor em Economia pela Universidade de Rochester (EUA), especializou-se em privatizações e participou de diversos processos de venda de empresas, como a do Banespa.

Equipe de Bolsonaro terá proposta própria de reforma da Previdência

O futuro governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro, deve apresentar uma proposta própria de reforma da Previdência, afirmou nesta quinta-feira Carlos Alexandre da Costa, economista que compõe a equipe de transição.
"Vai ser uma proposta nossa, da nossa equipe. É uma equipe que tem grandes especialistas, inclusive internacionais na área de Previdência, como por exemplo os irmãos Weintraub, que são respeitados no mundo todo", disse o economista.
Costa, que foi diretor do Bndes (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), disse que a ideia não é partir do zero, mas apresentar algo que seja viável politicamente. "Óbvio que não vamos começar do zero, isso é arrogância. Há coisas de outras pessoas sendo discutidas e que temos de incorporar", afirmou Costa, que participou de evento do banco BTG Pactual.
O trabalho do governo, disse ele, vai ser articular as melhores propostas e ideias que sejam viáveis politicamente. "Não adianta nada ter proposta maravilhosa que não seja viável e isso é um trabalho que está sendo conduzido de maneira exemplar pela equipe política (do governo Bolsonaro), muito alinhada com a equipe econômica", disse.
Sem precisar data, Costa disse que a proposta deve sair nas próximas semanas. "Não é só desenhar proposta econômica, mas entender com mais profundidade a viabilidade política." Sobre privatizações, ele disse que, quanto mais rápido avançar o plano de venda de estatais, mais rápido se reduz o peso da dívida.