Após realização de leilão, Fundação Iberê reabre para o público com exposições

Evento arrecadou, até agora, R$ 900 mil e contribui para manutenção do espaço

Por Igor Natusch

Obra de Pedro Weingärtner recebeu um dos melhores lances em leilão da Fundação Iberê, que arrecadou R$ 900 mil e contribui para reabertura do espaço
Para os espaços culturais de Porto Alegre e do Brasil, os meses de pandemia têm sido, mais do que nunca, um esforço de sobrevivência. Dentro dessa realidade, a Fundação Iberê promoveu, na semana passada, um leilão virtual de obras e joalherias, com obras cedidas por artistas e colecionadores de todo o Brasil. O resultado foi positivo: até o momento, as vendas arrecadaram cerca de R$ 900 mil - um aporte financeiro que vem em ótima hora, já que a Fundação reabre as portas neste fim de semana, com duas exposições.
Os lances mais altos foram para obras assinadas por Vik Muniz (a impressão de pigmento sobre papel de algodão Flowers after Van Gogh, que atingiu R$ 178 mil), Pedro Weingärtner (Garibaldi, 1921, óleo sobre tela, R$ 80 mil) e Artur Lescher (sem título, aço inox e linhas pretas, R$ 78 mil). Parte das peças seguem disponíveis - entre elas, uma pintura rara de Iberê Camargo, Sol vermelho, de 1951. É possível consultar as obras no site

Duas mostras inéditas marcam retorno com "todo o cuidado"

Essa proximidade das pessoas com o Iberê, como o prédio é conhecido popularmente, deve ganhar novo fôlego nas próximas semanas. A partir deste fim de semana, o espaço reabre as portas, com duas exposições: Iberê Camargo - O fio de Ariadne e Iberê Camargo - Tudo vem do nosso pátio.
Em meio às restrições ainda vigentes no enfrentamento à Covid-19, a retomada será parcial, com público reduzido e cobrança de entrada - uma decisão que foi recebida com desconforto por alguns frequentadores, mas que a direção diz ser fundamental para controlar o acesso e operacionalizar os cuidados sanitários necessários nesse período.