Preparando munição contra o STF

Por JC

O evento em que Bolsonaro esteve nesta tarde no Rio é o "Louvorzão 93"
O retorno do presidente Jair Bolsonaro (PL, foto), de Los Angeles, onde participou de eventos da conferência de líderes do continente americano, continuará proporcionando grandes emoções. Volta com seus ímpetos de criticar o Supremo Tribunal Federal (STF) mais aguçado. Engasgado com uma reunião que o ministro Edson Fachin, do Tribunal Superior Eleitoral, fez com os embaixadores estrangeiros para defender a segurança das urnas eletrônicas e as eleições no Brasil, o presidente da República promete uma resposta, apresentando aos representantes estrangeiros uma série de decisões do Supremo, declarações de ministros que, na visão de Bolsonaro, demonstrariam a parcialidade da corte em relação a temas envolvendo o chefe do Executivo.
Reclamar aos embaixadores
Antes de viajar, Bolsonaro passou a articular uma resposta para se contrapor ao ministro Edson Fachin. Determinou a seus auxiliares no governo, entre eles o ministro das Relações Exteriores, Carlos França, que organizasse uma agenda junto a embaixadores para quando ele voltasse dos Estados Unidos ter um encontro onde pretende, segundo o Palácio do Planalto, além de falar sobre as urnas eletrônicas, sobre a condenação do deputado federal Daniel Silveira (PTB-RJ). Jair Bolsonaro também vai citar a decisão que mais o irritou na última semana, a retomada pelo Supremo da cassação de um de seus aliados, o deputado Fernando Francischini (PL), do Paraná.
Internacionalizar a queda de braço
Municiado de informações colhidas por sua assessoria e no encontro de líderes das Américas, o presidente Bolsonaro pretende, na reunião com os embaixadores, internacionalizar a queda de braço que vem promovendo com os ministros do STF, contra o Tribunal Superior Eleitoral, contra o processo eleitoral brasileiro.
Incentivo à vacinação
Doenças que estavam erradicadas no Brasil, como o sarampo, começam a surgir novamente e apavorar a população e agentes públicos. A mais nova doença que entra no radar da saúde é a varíola dos macacos. "O Brasil sempre foi pioneiro nas imunizações, e não podemos deixar que isso vire um problema de saúde pública. Temos as vacinas à disposição no SUS (Sistema Único de Saúde), e precisamos incentivar que todos procurem os imunizantes", destaca o médico e deputado federal gaúcho Pedro Westphalen (PP), que dá continuidade a intensa campanha junto aos parlamentares para que atuem com todos os instrumentos para conscientizar a população e o próprio governo, alertando para a gravidade da situação.
Atenção às crianças
A vacina tríplice viral contra o sarampo, caxumba e rubéola, apontou números insuficientes de cobertura no ano passado, registrando apenas 71% das pessoas imunizadas. Os dados são do sistema Datasus, do Ministério da Saúde. O deputado também é autor da lei que exige a apresentação da carteira vacinal, de acordo com o calendário do Ministério da Saúde, nas redes pública e privada de ensino. "Não é um impeditivo para que as crianças assistam às aulas, mas é um passo a mais para estimular que todos tenham o sistema vacinal completo", reforça.