Redescobrindo o ecoturismo

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Trilha do Rio do Boi com o guia Gabriel Kruger
Com as fronteiras do turismo restritas em função da pandemia, os olhos se voltam para o turismo interno, especialmente para o ecoturismo, que alia diversão, consciência ambiental e preservação do patrimônio natural e cultural. A região dos Aparados da Serra, por exemplo, tem sido um dos destinos mais procurados atualmente, segundo Gabriel Kruger, da Cânion e Aventura Operadora de Ecoturismo, servindo como uma válvula de escape para o confinamento. Kruger é guia especializado no assunto e destaca a Trilha do Cânion Malacara e a Trilha do Rio do Boi, com caminhada dentro do Cânion do Itaimbezinho, entre as preferidas dos visitantes. "O passeio constitui em um trekking aquático, uma caminhada no leito do rio, que aqui são de seixos rolados, de pedras que vem de dentro do cânion, de milhões de anos de formação com cerca de 14 km ida e volta. É uma trilha que exige bastante, mas possibilita a visualização do cânion de baixo para cima", salienta.

Serviço de bordo

Os passeios levam de 7 a 8 horas, dependendo das paradas, e qualquer pessoa apta pode fazer. A idade mínima é de 12 anos e máxima de 60 anos. Os preços partem de R$ 150,00 por pessoa - incluindo serviço de guia especializado, caneleiras de proteção, seguro individual contra acidentes na atividade, e um pacote fotográfico feito com câmera GoPro que é fornecido aos visitantes. O transporte não está incluído, e o passeio parte do Centro de Informações Turísticas, na Praia Grande.
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Um outro mundo

O casal Luciana Severo Gandolfi, ex-modelo, e César Gandolfi, engenheiro civil, que são adeptos da modalidade e já percorreram trilhas e paisagens dentro e fora do país, testemunham a experiência. Acabaram de fazer a Trilha do Rio do Boi, com partida da Praia Grande, Santa Catarina, que dura um dia inteiro e cumpre todos os protocolos de saúde. "Entramos em contato com a agência, pesquisamos, reservamos uma pousada e fizemos todo o credenciamento. Sempre procuramos lugares onde a natureza é o ponto forte, onde se possa fazer trekking, rapel ou ciclismo", diz Luciana. Ela e César buscam sair do lugar comum, indo no contrafluxo da rotina de férias tradicionais. "Descobrimos que existia um mundo além daquele que a gente conhecia e foi o que nos encantou. Existem pessoas fazendo isso no mundo inteiro, e isso nos seduziu", complementa Luciana.