Liquida Porto Alegre volta com aposta de descontos bem atrativos

CDL Porto Alegre já distribuiu materiais para mais de 4,6 mil estabelecimentos

Por Patrícia Comunello

CDL Porto Alegre já distribuiu materiais para mais de 4.600 estabelecimentos participantes
O Liquida Porto Alegre volta nesta sexta-feira (18) oficialmente às ruas e meios digitais, mas um dia antes já tinha loja "vestida" para a campanha no Centro da Capital. No lançamento da ação, na sede da CDL Porto Alegre (CDL-POA), nesta quinta-feira (17), os dirigentes demarcaram expectativas de oferta de descontos bem atrativos e ainda que seja o melhor Liquida dos últimos anos.
As bandeiras e demais materiais promocionais estavam, por exemplo, em uma filial da Magazine Luiza. Segundo um dos funcionários, foi uma decisão da equipe antecipar e já com itens em oferta. A partir desta sexta, ele garantiu que vai ter mais promoção. A rede nacional também reforça a campanha com uma chamada de "Liquidão do Sul".
Os descontos vão até dia 26. Em 2021, a campanha não saiu devido à pandemia. O presidente da CDL-POA, Irio Piva, chegou a admitir que havia uma incerteza sobre o nível de adesão ainda em meio ao ambiente sanitário adverso. "Mas surpreendeu. Vamos ter um dos melhores Liquidas da história", animou-se Piva.
São mais de 4,6 mil estabelecimentos na campanha. Nesta quinta-feira, com a divulgação e aceleração para o começo, a CDL-POA recebeu maior fluxo de pontos querendo entrara. O número deve aumentar. Os dirigentes da entidade ainda acreditam em atingir a meta de 5 mil inscritos. 
Os números indicam que a adesão este ano ficou um pouco abaixo da edição de 2020, que teve 5,1 mil inscritos. Piva diz que a expectativa é superar vendas em edições pré-pandemia devido ao engajamento dos estabelecimentos. O dirigente admitiu que tinha receio sobre a adesão, mas que as inscrições surpreenderam.
"O Liquida é oportunidade, e as pessoas devem aproveitar os descontos nos primeiros dias, que são os melhores", provoca.
O presidente da CDL-POA aposta que os lojistas que lidam com coleção de verão possam aproveitar a campanha para reduzir ou acabar com estoques, liberando fluxo para novidades. "Quem mais ganha é o consumidor", acredita Piva, que espera que moradores do interior também aproveitem.
"Acho que Porto Alegre está com muitas novidades, como o trecho 3 da Orla do Guaíba e outros atrativos, que as pessoas vão vir e aproveitar descontos e passeios."
Sobre o nível de descontos, que é de responsabilidade do estabelecimento, o coordenador da campanha e vice-presidente da câmara, Carlos Frederico Schmaedecke, diz que, no contato para a adesão à temporada, é sempre reforçada a importância de ter bons descontos.
"É muito importante que ele faça uma boa promoção. Se ele (lojista) não fizer isso, não vai ter sucesso, e o empreendedor sabe disso", avisa Schmaedecke. "O consumidor é muito informado, e pode saber o preço de tudo em uma consulta rápida pelo celular. Vamos efetivamente ter bons descontos", aposta o coordenador.
Espalhada por 85 bairros, a campanha tem maior presença no Centro Histórico, com 702 adesões, seguida por Passo D'Areia (302) e Floresta (244). Outro detalhe que animou até o prefeito Sebastião Melo, que foi ao lançamento. Do total, 71% estabelecimentos estão rua, enquanto 19% localizam-se em shopping centers e 10% estão em camelódromos. Já 70 estabelecimentos são totalmente digitais. Outros 700 participam pela primeira vez do Liquida.
Os segmentos são os mais variados, desde vestuário (740 lojas) a farmácias (470 lojas), passando por móveis e colchões (300 lojas), alimentação (285 lojas) e beleza (280 lojas), chegando até os nichos religiosos, a área de moradias compartilhadas – os colivings – e à venda de espaços físicos de armazenamento - os self storages.
Melo disse que é um entusiasta do comércio de rua e deixou clara a torcida para que as vendas sejam boas, para gerar mais receita para a cidade também, por tabela, para o setor público. O prefeito citou ainda a retirada de ambulantes do Largo Glênio Peres e o lançamento do programa de microcrédito na próxima semana como impulsos para movimentar fevereiro.  
O economista-chefe da CDL-POA, Oscar Frank, apontou que a ação ocorre em fevereiro por ser o mês com menor nível de atividade no varejo. Este ano há ainda mais fatores que motivam a ação. “O mercado de trabalho formal encolheu 1,2% entre março de 2020 e dezembro de 2021, o que significa 6.528 vagas a menos no período", cita Frank, apostando que as empresas possam abrir vagas. Os dados do mercado formal são do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). 
Além disso, a quantidade de Notas Fiscais Eletrônicas emitidas na Capital é praticamente a mesma de três anos atrás no mês, de acordo com a Secretaria da Fazenda do Rio Grande do Sul.