Varejo representa mais de 50% da recuperação de tributos pagos, diz consultoria

O resgate em ações foi de R$ 114 milhões em valores pagos a mais ou de forma indevida

Por Patrícia Comunello

Minuto Varejo - Marpa Gestão Tributária (MGT) - sócios-fundadores Michael Soares (esquerda) e Eduardo Bitello (direita) - empresas - recuperação de créditos - tributos - pagamento
O varejo foi uma das principais fontes de processos de recuperação de valores tributários, informa a Marpa Gestão Tributária (MGT).
O total que foi resgatado em ações chegou a R$ 114 milhões em valores de tributos pagos a mais ou de forma indevida pelos clientes da consultoria. Destes, 53,57% são ligados a demandas do comércio varejista.
Para 2022, a estimativa é crescer cerca de 65%, diz a Marpa. Neste ano, a empresa vai abrir uma sede em São Paulo. Segundo a consultoria, o pulo do gato dos processos é o método dos 3 R's: Reorganizar, Recuperar e Reduzir.
"Nove em cada dez empresas pagam seus impostos de maneira equivocada", afirma o sócio fundador da Marpa Gestão Tributária, Michael Soares, que relaciona esse nível de problema ao Sistema Tributário Brasileiro. Para Soares, é preciso "descomplicar" o sistema.
"É essencial que os empresários entendam o que estão pagando e encontrem alternativas legais para a recuperação de créditos, seja no regime simples, presumido ou real. Isso se aplica a todos os segmentos da atividade econômica em relação ao processo de redução de tributos", opina ele.
Outro sócio da Marpa Eduardo Bitello recomenda que as empresas busquem saber com exatidão tudo o que precisa ser pago em impostos, além de identificar o que é insumo e as despesas com estes itens que podem gerar crédito tributário. Bitello faz ainda um alerta:
"Os empresários que não fizeram recuperação de créditos nos últimos dois anos poderão perder a oportunidade de recuperar créditos de produtos que se tornaram essenciais na pandemia, como o álcool em gel e as máscaras".