Douglas Costa e sócios abrem mega casa de carnes na Azenha

Negócio foi aberto em dezembro e tem plano de expandir para mais unidades na Capital

Por Patrícia Comunello

Fachada na cor preta e com letreiros dourados faz parte da estratégia para chamar a atenção na região
A Azenha, uma das principais avenidas do comércio de rua de Porto Alegre, está em alta. É só passar pela região para ver as novidades. Uma delas é impossível não ver, seja de dia ou de noite. A fachada em cor preta e letreiros e detalhes em dourado foram escolhidos exatamente para chamara a atenção.
Outro diferencial é que entre os sócios da estreante Casa de Carnes Boi de Ouro tem um jogador e um empresário de futebol ligados ao Tricolor.
O jogador é Douglas Costa, que está no elenco do Grêmio, e o empresário é Fernando Mattos, que atua com escolinhas da base. Agora os dois craques na linha de frente do negócio que abriu em 15 de dezembro são João Fernando Canabaro Gil e Marcos Alexandre Miotto Martins, cada um jogando em uma posição.
Gil no comando da seleção de cortes, procedência, fornecedor e relação com clientes. Martins na área financeira. Até porque falar em carnes, um dos itens que mais se valorizou na mesa dos brasileiros, precisa dominar cadeira de produção e captar perfil de consumo e preço e negociação com frigorífico. 
Sobre a casa de carnes, algumas informações que a coluna apurou em conversa com os dois gestores ante da virada do ano. Os quatro investidores decidiram montar a loja e todo o projeto do entorno - em julho passado. Em agosto, foram negociadas as locações dos imóveis, um deles foi sede da loja do Dia, rede que fechou a operação no Estado em 2020, e o outro já estava fechado há mais de quatro anos depois de ter unidade da Redlar. 
"Refizemos tudo, rede elétrica, reformamos. Tudo novo", conta Gil. A área total é de mais de 1,3 mil metros quadrados. "A gente já prospectava a Azenha, é uma região com grande fluxo e vai ter no futuro muitos empreendimentos", apostam os dois sócios. Entre os novos investimentos, estão as esperadas torres no lugar do estádio Olímpico, em ruínas, terrenos que devem ser passados à construtora OAS. 
Sócios Mattos, Gil, Douglas Costa e Martins apostam em mercado para segmento de carnes nobres. Foto: Boi de Ouro/Divulgação
A casa é superestruturada, desde o setor da loja, com um açougue e retaguarda com salas climatizadas e equipadas para fazer cortes, desossa de carcaças. O balcão é um desfile de peças com origem de gado Angus de novilhos jovens, abatidos em dois frigoríficos, um no Coqueiro, em São Lourenço do Sul, e outro em Nova Bréscia, o Belmonte.  
Ao lado da loja, tem uma área de estacionamento e com segurança 24 horas. A casa fecha às 22h ao público. "22h são 22h. Quem entrar às 21h59min será bem atendido", avisa Gil. Segundo ele, este cuidado traduz parte de experiência nada agradáveis de chegar em varejos que antes mesmo de fechar já indicam que não querem novos clientes na loja. Hoje são 30 funcionários, metade atua no açougue
O investimento entre obras, equipamentos, adequações a normas sanitárias, segurança, estoque e futura estrutura de logística chegará a R$ 6 milhões. Para lidar com oscilações de mercado e preços, os sócios apostam em conhecimento e boa negociação com fornecedores. 
A casa tem capacidade para processar 70 mil quilos de carne por mês. "Temos negociação que garante qualidade e preço estável", diz Martins. 

Conheça a casa de carnes por dentro

A loja que fica na pulsante Azenha é só o primeiro passo do negócio. Os planos, logo após obter o registro da inspeção municipal, é passar a fornecer cortes de carnes para restaurantes, disputar licitações públicas e ter mais unidades compactas, em diversos pontos da Capital e até mesmo fora. O primeiro efeito será ampliar o quadro de funcionários, passando a mais de 50.
"A marca será Boi de Ouro", avisam os sócios. O vídeo da coluna mostra como é a estrutura do novo negócio, que abre uma série de matérias sobre a expansão do varejo na região e também as preocupações com a segurança pública. Novidades em sua região envia para minutovarejo@jornaldocomercio.com.br