Warren mira R$ 40 bilhões de ativos sob gestão em 2022

Por

Foco é modificar a indústria de investimentos, afirma Tito Gusmão
A estratégia de transformar o mercado de investimentos, se opondo a grandes players do mercado ao adotar um modelo transparente, descomissionado e 100% alinhado com o cliente, tem dado certo para a Warren. A meta é conquistar R$ 40 bilhões sob gestão em 2022, ficando pé como uma das três maiores instituições de investimentos do Brasil.
Depois de finalizar 2020 com R$ 4 bilhões sob gestão, a plataforma de investimentos quadriplicou seu tamanho em menos de um ano. Agora, já com R$ 20 bilhões, pretende avançar na expansão nacional, conquistando novas regiões do país.
“Vamos para cima dos concorrentes por meio de campanhas mais provocativas que terão como propósito principal evidenciar a falta de transparência e alinhamento de alguns agentes do mercado financeiro”, antecipa o CEO da Warren, Tito Gusmão, conhecido pelo posicionamento forte contra o mercado financeiro tradicional.
Na prática, os planos envolvem de expansão física, de marca e produto para as regiões onde a Warren ainda não conta com escritórios. “Nascemos e crescemos no Sul, ganhamos visibilidade nacional, mas nosso objetivo é expandir ainda mais fisicamente, a ponto de estampar nossa marca nos quatro cantos do País”, revela o Chief Commercial Officer da Warren, Fabio Safini. O executivo chama atenção para o crescimento na base de clientes, que agora conta com 275 mil clientes totais.
Para esse ano, a expectativa é pelo lançamento de novos produtos. Além disso, novas aquisições deverão ser feitas. Em abril do ano passado, a Warren conquistou sua Series C no valor de R 300 milhões, em uma rodada de investimentos liderada pelo fundo soberano de Singapura – o GIC.
O aporte foi destinado para acelerar a contratação de novos profissionais de tecnologia e para a consolidação de M&As, que mais tarde culminou na aquisição da corretora e distribuidora de títulos Renascença e do multi family-office Vitra.
A marca anunciou recentemente a aquisição do time da empresa catarinense Box TI para acelerar a entrega de novos produtos e funcionalidades, e ainda promete mais aquisições para este ano, que devem ser anunciadas em breve.
O RS Tech: uma fotografia do ecossistema de inovação do Rio Grande do Sul, estudo liderado pelo Instituto Caldeira e a Distrito e divulgado no final do ano passado, mostra que o Rio Grande do Sul avança a passos largos no fortalecimento do seu ambiente. Em 2020, foram US$ 200 milhões investidos, com negócios liderados por startups como Nelogica, Agibank e, justamente, a Warren. O número de deals também foi o mais aquecido. Nelogica (US$ 102,2 milhões), Warren (US$ 81 milhões) e Agibank (US$ 75,1 milhões) foram as empresas mais investidas.