Ansiedade global

Falta de chuva preocupa o campo e a lavoura, com destaque para a soja

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PG3 - Arroz, Indonésia. A farmer stands in a flooded rice field harvesting his plants to avoid them rotting due to flooding after heavy rains in the area in the village of Sapan in Bandung, West Java on January 1, 2020. - Storms, landslides and floods are common in Indonesia during the annual rainy season, which peaks between December and February. (Photo by TIMUR MATAHARI/AFP)
Aqui, a falta de chuva preocupa o campo e a lavoura, com destaque para a soja. Já em Java Ocidental, Indonésia, o problema é o oposto. As monções, com picos em dezembro até fevereiro, também causam deslizamento de terras e catástrofes derivadas. Mas uma coisa em comum tem o atribulado camponês indonésio com o nosso produtor de arroz: todos os dias de manhã eles olham ansiosos para o céu para descobrir se vai chover de mais ou de menos.

Ah, o imponderável...

O imponderável derruba planejamentos e previsões econômicas, e bagunça o coreto. Como diz um provérbio iídiche, o homem propõe e Deus ri.

O refluxo I

Após crescimento no segundo trimestre de 2019, que não ocorria desde o terceiro trimestre de 2017, o mercado brasileiro de celulares voltou a cair. Nos meses de julho, agosto e setembro de 2019, as vendas registraram queda de 1% na média, segundo o estudo IDC Brazil Mobile Phone TrackerQ3. Foram 11,3 milhões de unidades. Os fabricantes baixaram os preços, mas não foi suficiente para o mercado reagir.

O refluxo II

A queda maior foi nos smartphones, com 3,3%. Embora os especialistas apontem apenas para o preço dos smartphones como fator de retração, podem apostar que, aos poucos, o povo vai se dando conta que falar e navegar nas redes sociais custa muito dinheiro, mesmo sob a embalagem enganosa de "grátis". Não existe nada grátis, tudo está embutido no custo final. Mas o consumidor brasileiro é adepto do me engana que eu gosto.

Aviso aos navegantes

O presidente Bolsonaro já colocou o gato no telhado ao afirmar que a nova situação geopolítica vai impactar no preço dos combustíveis. E a julgar pelo quadro, por muito tempo. Bombeiros diplomáticos são escassos em conflitos como esse. Maior preço na bomba, inflação em alta. Em determinado momento, a Taxa Selic pode até subir, caso a situação fuja do controle. Cair é que não cai.

Boa notícia

Uma boa notícia saiu no Diário Oficial da União no último dia de 2019. O Contran estabeleceu que o Certificado de Registro e Licenciamento de Veículo em meio eletrônico (CRLV) não será mais emitido por meio físico, em papel especial com alto relevo, que é bem caro. O proprietário do veículo poderá imprimir o documento (CRLV-e) desde que não existam débitos.

A hora dos subprefeitos

Sugestão para os candidatos a prefeito: uma cidade de 1,4 milhão de moradores não consegue mais ser administrada pelo esquema clássico de prefeito e secretários. Precisa ter subprefeituras, inclusive com esse nome, que qualquer pessoa entende. Governos em geral têm a mania de descobrir a roda e criar nomes longos e pomposos, na maioria das vezes ineficientes. Lei boa é lei velha, como já dizia Ozires Silva, da Embraer. Mas atenção: os subprefeitos cumpririam metas estabelecidas por um comitê gestor.

O buraco é mais embaixo

Nós, que nos queixamos dos buracos de rua da Capital, podemos nos consolar com os buracos de bomba no Oriente Médio. Felizmente, não vivemos lá, não é mesmo, prefeito Nelson Marchezan Jr.? Mas que eles não sirvam de desculpa para os nossos.

Porém...

...como é ano eleitoral, em algum momento antes das eleições, todos eles serão tapados. Provisoriamente. Resistirão bravamente até as primeiras chuvas mais fortes.

Duas certezas

A morte do general linha dura iraniano Qassem Suleimani vai reinventar o terrorismo, isso é certo. Em compensação, os Estados Unidos mostraram, mais uma vez, que podem liquidar qualquer pessoa em qualquer lugar do mundo. E, a julgar pelo caso, no momento que quiserem.

Prenda-me se for capaz

Rocambolesca. Assim pode ser descrita a fuga da prisão domiciliar no Japão do ex-presidente da aliança Renault-Nissan, o brasileiro Carlos Ghosn. Aliás, todo seu périplo passado e recente faz lembrar o filme que dá o título a esta nota.

Haja coração

De vez em quando, as loterias da Caixa saem para cidades com nomes diferenciados. A última Quina saiu para duas pessoas: uma de Quilombo (SC) e outra para a baiana Coração de Maria. Cada um vai ganhar quase R$ 6 milhões.

Ano zero

Leitor pergunta como Gramado pode se reinventar, como sugerido na nota de sexta-feira sobre a falta de água e o inchaço da cidade, a ponto de torná-la quase uma Tramandaí da Serra. Bem, prefeitos existem para isso, mas lá vai uma sugestão. Para começar, todas as casas, os prédios comerciais e residenciais a serem lançados ou já existentes deveriam ter sistema de reutilização de água servida e também placas solares. O BRDE tem linha de crédito à disposição para tanto.

Miúdas

  • REAJUSTE das tarifas de ônibus de Porto Alegre deixará gente à beira de um ataque de nervos.
  • APENAS em torno de 16% dos usuários dos ônibus da Capital pagam em dinheiro. O resto é isenção ou vale-transporte.
  • ATIVOS mais seguros nestes tempos de mísseis e atentados são o ouro, o iene japonês e o franco suíço.
  • AVIAÇÃO comercial registrou 234 mortes em 2019, contra 534 em 2018. Representa apenas 0,18% de 1 milhão de voos em todo o mundo.
  • POSTAGENS no inbox do Face são em número maior que as "normais". E todos acham que são os únicos a pensar nisso.
  • LUZES em sequência avistadas no Chile não são óvnis. Foram satélites lançados pela rede Starlink para a internet.
  • ACIDENTES geométricos que nos cercam: círculos viciosos, triângulos amorosos e bestas quadradas. (Davi Castiel Menda)