Direitos fundamentais pautam IV Congresso Mundial de Justiça Constitucional

Direitos fundamentais foram o tema do IV Congresso Mundial de Justiça Constitucional, que ocorreu em Porto Alegre

Por Gabriela Porto Alegre

Considerado referência no pensamento jurídico mundial,professor Paulo Bonavides foi homenageado no evento
Direito ao desenvolvimento, ao meio ambiente, ao consumidor e à comunicação. Esses foram apenas alguns dos temas debatidos durante os dias 28, 29 e 30 de agosto, no IV Congresso Mundial de Justiça Constitucional que, pela primeira vez, aconteceu em solo brasileiro. O congresso, realizado pela Faculdade do Ministério Público do Rio Grande do Sul (FMP), em parceria com a Associação de Justiça Constitucional e com apoio do Ministério Público, do Tribunal de Justiça e da OAB-RS, teve Porto Alegre como sede oficial do encontro.
O tema deste ano foi "Justiça Constitucional e os direitos fundamentais da terceira dimensão". O evento, que acontece a cada dois anos, homenageou, nesta edição, o jurista, cientista político e professor Paulo Bonavides, considerado uma das principais referências no pensamento jurídico mundial. Mais de 600 profissionais participaram do encontro, que é um dos maiores no segmento acadêmico, contando com conferencistas nacionais e internacionais.
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"Tratar sobre temas constitucionais ainda é muito atual"

Para o diretor da Associação Mundial de Justiça Constitucional no Brasil, Handel Martins Dias, assim como em qualquer outro país, é fundamental que se debata sobre Direito Constitucional, uma vez que faz-se necessário criar medidas de proteção aos direitos fundamentais e aos direitos humanos. "Tratar sobre temas constitucionais ainda é muito atual em qualquer país. Aqui, especificamente, a nossa preocupação é mais voltada para os direitos difusos e coletivos. Direito ao desenvolvimento, ao meio ambiente, questões de proteção ao direito de comunicação da mídia, ações contra censura. Tudo isso é muito atual", disse.
A ideia do Congresso, segundo Handel, é que o evento gere um impactos primeiro no meio acadêmico, através das reflexões proporcionadas pelo encontro e, posteriormente, na sociedade como um todo. "A expectativa é que isso acabe implementando um impacto também na sociedade e que se proporcione o efetivo aprimoramento dos mecanismos na proteção dos direitos fundamentais e, sobretudo, dos direitos coletivos".
Conforme Handel, a importância do congresso está justamente em proporcionar aos profissionais da área e aos acadêmicos um enriquecimento através do conhecimento . "Eu nunca tinha visto um evento desse porte em número de conferencistas estrangeiros no Brasil. São mais de 140 pessoas envolvidas, sendo 70, metade deles, estrangeiros. É uma troca acadêmica muito grandiosa", finalizou.

Realizado no Brasil pela primeira vez, evento pretende ter impacto no meio acadêmico e na sociedade

Durante a abertura do evento, o diretor da Associação Mundial de Justiça Constitucional no Brasil, Handel Martins Dias, agradeceu a confiança da associação para que o congresso fosse organizado e trazido para a capital gaúcha. As três edições anteriores do encontro aconteceram na Cidade do México (2013), em Buenos Aires (2015) e em Bolonha (2017).
Para o presidente da FMP, David Medina da Silva, o encontro representa um momento grandioso de troca entre profissionais e acadêmicos do Direito. "É uma honra tratarmos esse tema, que é tão caro para a América Latina, principalmente com os inúmeros problemas que o Brasil tem enfrentado. Precisamos muito deste momento e deste espaço de reflexão sobre a Justiça Constitucional", salientou.
Ao todo, foram 10 painéis, divididos por eixos temáticos dos direitos fundamentais da terceira dimensão. Entre os painelistas, além de Streck, o evento contou com a participação do professor coordenador do Programa de Pós-Graduação em Direito da Pucrs, Ingo Wolfang Sarlet; da professora e coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Direito da Ufrgs, Claudia Lima Marques; da professora de Direito Internacional da Faculdade de Direito da USP e árbitra no Sistema de Solução de Controvérsias do Mercosul, Maristela Basso; do presidente da Associação Mundial de Justiça Constitucional, Eduardo Andrés Velandia Canosa (Colômbia); do vice-presidente da Europa da Associação Mundial de Justiça Constitucional, Luis-Andrés Cucarella Galiana (Espanha); e do presidente da Associação Argentina de Justiça Constitucional e vice-presidente da Associação Mundial de Justiça Constitucional, Alejandro Patrício Maraniello (Argentina).
Para o diretor da Associação Mundial de Justiça Constitucional no Brasil, Handel Martins Dias, assim como em qualquer outro país, é fundamental que se debata sobre Direito Constitucional, uma vez que faz-se necessário criar medidas de proteção aos direitos fundamentais e aos direitos humanos. "Tratar sobre temas constitucionais ainda é muito atual em qualquer país. Aqui, especificamente, a nossa preocupação é mais voltada para os direitos difusos e coletivos. Direito ao desenvolvimento, ao meio ambiente, questões de proteção ao direito de comunicação da mídia, ações contra censura, tudo isso é muito atual", disse.
A ideia do Congresso, segundo Handel, é que o evento gere um impacto, primeiro, no meio acadêmico, através das reflexões proporcionadas pelo encontro e, posteriormente, na sociedade como um todo. "A expectativa é que isso acabe implementando um impacto também na sociedade e que se proporcione o efetivo aprimoramento dos mecanismos na proteção dos direitos fundamentais e, sobretudo, dos direitos coletivos."
Conforme Handel, a importância do congresso está justamente em proporcionar aos profissionais da área e aos acadêmicos um enriquecimento através do conhecimento . "Nunca tinha visto um evento desse porte em número de conferencistas estrangeiros no Brasil. São mais de 140 pessoas envolvidas, sendo 70 - metade delas - estrangeiras. É uma troca acadêmica muito grandiosa", finalizou.