Marfrig deve levar 40% da produção sobre trilhos em 2021

Cerca de 30% de tudo que a empresa produz no País já é deslocado sob trilhos, e a tendência é aumentar uso do modal

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Economia é de, em média, 30% em comparação ao modal rodoviário, de acordo com a empresa
O modal ferroviário é o transporte em que a Marfrig, uma das maiores empresas de carne bovina do mundo, tem investido cada vez mais para escoar sua produção. Atualmente, 30% de tudo que a companhia produz no país é deslocado sob trilhos, e a expectativa é que chegue a 42% até o final deste ano.
Segundo o diretor de logística da Marfrig, Luciano Alves, a companhia utiliza exclusivamente a malha Norte, entre Rondonópolis, no estado do Mato Grosso, e Santos, em São Paulo. "Para que nossa expectativa de expansão do uso dos trilhos se concretize, demos início ao processo de avaliação de escoamento da produção também pela malha Norte-Sul, que abrange o trecho entre o município de São Simão, em Goiás e o porto de Santos, em São Paulo", destaca.
Em termos de volume, a companhia já aumentou de 50 para 300 contêineres transportados pelo modal ferroviário e a expectativa é chegar a 500 ainda em 2021. O aumento foi resultado da implementação de um plano de ação da equipe de logística, que tornou mais eficiente o processo de carga e descarga e quase igualou o tempo gasto no transporte ferroviário e no rodoviário.
"No início, a carga enviada sobre trilhos demorava 18 dias para chegar ao destino, agora esse prazo caiu para 12 dias, o mesmo tempo gasto no rodoviário para o mesmo trajeto", explica Alves, que ressalta a ferrovia como um canal mais viável atualmente.
A economia nos custos com frete também chama a atenção, crescendo, proporcionalmente, ao aumento do volume que a Marfrig passou a transportar pela ferrovia e hoje chega a 30% a menos que antes. E fortalecendo ações de sustentabilidade de sua cadeia de produção, o aumento da utilização das estradas férreas do país também contribui para a redução da emissão de gases poluentes em 65%.
Com planos de eficiência logística como esse, a Marfrig cresce como a segunda maior processadora de carne no Brasil, com capacidade de abate de 12,1 mil animais/dia, e uma das maiores exportadoras brasileiras. No último trimestre de 2020, 61% da receita de exportação da Marfrig América do Sul veio da exportação. Entre os principais destinos, estão China e Hong Kong, Europa, Oriente Médio e Estados Unidos.

Maior operação de carga solta do mundo é realizada na APM Terminals Pecém

Com o embarque de três pás eólicas de 72,50 metros de comprimento cada nos dias 25 de março e 1 de abril, a operação realizada pela APM Terminals Pecém em parceria com a Maersk Brazil LnS entra para história como o maior embarque de carga solta em um navio porta contêiner do mundo, segundo dados da empresa Maersk Brazil. A carga teve como destino o estado de Santa Catarina. A primeira operação foi realizada nos berços 9 e 10 no Terminal de Múltiplas Utilidades (TMUT) do Porto do Pecém.
A operação resulta de ações comerciais conjuntas entre várias empresas do grupo Maersk, em função do atendimento das necessidades do cliente. A Companhia tem aperfeiçoado sua atuação na busca de se tornar o maior integrador logístico global.
O armador Aliança foi responsável pelo frete marítimo, a APM Terminals Pecém foi o porto de embarque e a equipe da Maersk Brazil respondeu pela solução logística para o cliente.
Para o Diretor Superintendente da APM Terminals Pecém, Daniel Rose, além da integração logística com foco no cliente, a operação em si foi muito importante para o Terminal.
"Ficamos muito satisfeitos com a entrega da equipe, com a agilidade e, ao mesmo tempo, a tranquilidade em que a movimentação ocorreu. Nossas equipes de planejamento, segurança e operação estavam muito alinhadas e isso contou no sucesso da complexa operação que realizamos. Isso não seria possível sem a parceria com o Complexo do Pecém e do nosso time capacitado."
Para a operação, primeiramente foi utilizado um guindaste Ship to Shore (STS) da APM Terminals que realizou o embarque de contêineres do tipo flat rack para servirem como base de apoio aos frames de suporte e movimentação no qual as pás seriam encaixadas.
Logo após, foram usados dois guindastes portuários móveis, do tipo MHC, para içar as pás que pesavam cerca de 21 toneladas cada. Os embarques ocorreram nos navios Bartolomeu Dias e Vincente Pinzon, ambos da empresa Aliança Navegação e Logística, e que integra uma das linhas de cabotagem que passam pelo Porto.
Apesar do ineditismo, a operação foi realizada atendendo a rigorosos protocolos de segurança, que garantiram o sucesso e a integridade de todos. Para o gerente de operações, Herllon Rossato Rossdeutscher, a preparação foi muito importante:
"Há mais de um mês vínhamos trabalhando no planejamento dessa operação e poder realizá-la com sucesso deu ao time mais confiança, experiência e amadurecimento para realização de operações mais complexas", destaca Herllon
André Magalhães, Head Comercial da APM Terminals Pecém afirma que "Para essa operação complexa foram envolvidos seis porões para cada pá eólica de 72 metros. Totalizando doze tampões de porão e quatro contêineres do tipo flat rack. Na transferência para o navio, utilizamos dois guindastes de terra, que em perfeito sincronismo carregaram duas pás em incríveis 55 minutos. Pelo tamanho das pás e pelo tipo de navio utilizado, estamos, provavelmente, diante de um novo recorde mundial.
Magalhães fala que a operação demonstra a alta capacidade da APM Terminals em oferecer soluções personalizadas e com foco em atender as necessidades dos clientes, além de poder contribuir como peça estratégia de logística para o desenvolvimento do país.
Magalhães ainda conclui que "pelo tamanho da carga e pelo tipo de navio utilizado, estamos provavelmente diante, de um novo recorde mundial."
A APM Terminals Pecém oferece 6 linhas de Cabotagem interligando o sul ao nordeste do país e Manaus, sendo ponto de parada estratégica para exportação e importação, além de contar com uma rota para a costa leste dos Estados Unidos ao longo de todo o ano e mais duas rotas para a Europa durante o período da safra de frutas, de setembro a março.