Economia

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Resenha O Futuro do Brasil, de vários autores, Editora Atlas
Autor e organizador de mais de 30 livros sobre a economia brasileira, o economista Fabio Giambiagi reúne em seu trabalho mais recente, "O Futuro do Brasil", o que ele chama de uma "nova jovem guarda" de economistas e outros especialistas para discutir os caminhos para o país nos próximos dez anos. São 32 colaboradores que, nas palavras do organizador, embora não sejam jovens "no sentido demográfico da palavra" e já tenham alguns anos de trajetória profissional, devem pautar o debate econômico nas próximas décadas.
A obra trata de vários temas já abordados por Giambiagi em livros anteriores e também de questões identificadas com o conceito de economia do século 21, como meios de pagamentos, big data e futuro do trabalho no modelo de plataformas. Em relação aos velhos problemas brasileiros, os autores buscam fazer uma avaliação dos resultados das reformas dos últimos cinco anos, além de apontar a necessidade de novas mudanças, com propostas de mais alterações nas legislações previdenciária e trabalhista, por exemplo.
O denominador comum que unifica a característica dos autores dos capítulos que compõem o livro, além da qualidade técnica, é a juventude. O objetivo é dar espaço para essa "nova jovem guarda". Trata-se de profissionais que têm ainda ao menos duas ou três décadas pela frente no palco nacional, com amplas possibilidades de contribuir tanto para a circulação das ideias como também para a gestão pública.
O Futuro do Brasil; Diversos autores; Editora Atlas; 322 páginas; R$ 89,00; disponível em versão digital.
 

Empreender

Quantas vezes o leitor já sonhou em ter o próprio negócio, mas, por medo de falhar, desistiu antes mesmo de tentar? Muitos veículos e influenciadores falam a respeito de empreendedorismo, propósito e independência financeira. No entanto, é difícil alcançar a vida ideal quando temos uma rotina árdua de trabalho, responsabilidades em casa epouco ou nenhum dinheiro para se arriscar em uma empreitada atrás de um sonho distante. O que não te contaram é que é possível ter o próprio negócio sem precisar comprometer o seu sustento atual nem mudar a sua rotina da água para o vinho.
"E se você não tivesse medo?", de Alan Spadone, busca ajudá-lo a alcançar este objetivo. Nesta obra, o autor, que iniciou sua carreira como office boy e hoje é empreendedor e ministra cursos em mais de 25 países, vai abrir o jogo com você e mostrar como, vivendo uma vida real, podemos encontrar o que nascemos para fazer e sermos bem-sucedidos sem precisar gastar dinheiro para iniciar a jornada.
O leitor verá que não é preciso gastar muito dinheiro para exercer o empreendedorismo e aprenderá como encontrar o seu propósito de vida e o que o faz feliz, transformar seu medo em força para crescer, evoluir do que você faz hoje para o que deseja fazer amanhã com equilíbrio e dar os primeiros passos e estabelecer uma rotina empreendedora sem deixar de fazer o que precisa.
E se você não tivesse medo?: Comece do zero, sem dinheiro no bolso e conquiste o sucesso com garra e determinação; Alan Spadone; Editora Gente; 192 páginas; R$ 44,90; disponível em versão digital.
 

Concessões

O sempre mutável cenário do regime econômico-financeiro das concessões de serviços públicos no país é tema do livro "Estudos Sobre o Regime Econômico-Financeiro de Contratos de Concessão", de Gustavo Kaercher Loureiro, sócio do escritório Souto Correa e pesquisador associado do Centro de Estudos em Regulação e Infraestrutura da Fundação Getulio Vargas (FGV CERI). O livro já foi objeto de um seminário que contou com a participação da professora da FGV-RJ, Joisa Dutra, do professor da Universidade Federal do Paraná, Egon Bockmann Moreira, e do coordenador geral de Infraestrutura do Tribunal de Contas da União (TCU), Manoel Moreira.
Kaercher Loureiro investiga em profundidade os fatores que interferem nos contratos. Em razão da atualidade do tema, o autor passa pela mais recente crise ocasionada pela pandemia do novo coronavírus, mas se debruça, principalmente, sobre a necessidade prática de ir além de leituras pré-concebidas do texto constitucional.
O autor sustenta que a ideia de eliminar da Constituição o princípio do equilíbrio econômico-financeiro nada tem a ver com negar a necessidade de proteção, de viabilidade ou de reconhecimento da importância do serviço concedido. Muito pelo contrário, ela tem por objetivo mostrar que não precisamos constitucionalizar uma questão basicamente regulatória e, assim, é preciso prestigiar o regulador e as soluções de cada setor regulado.
Estudos Sobre o Regime Econômico-Financeiro de Contratos de Concessão; Gustavo Kaercher Loureiro; Editora Quartier Latin; 245 páginas; R$ 94,08.