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Novos químicos para lavouras pulverizam antiga polêmica
Produtos batem recorde de registros e lançamentos devem crescer neste ano
Os mais de 200 novos registros de produtos químicos liberados para uso em lavouras do Brasil apenas nos primeiros sete meses deste ano trouxeram novamente à tona um emaranhado de temas econômicos, ambientais e de saúde humana envolvendo uma antiga e sempre latente polêmica. A temática divide opiniões desde a própria denominação (agrotóxicos versus defensivos agrícolas) até a necessidade, os riscos e as razões de tantas liberações, que vieram se somar a outros 450 novos registros de 2018, entre produtos para uso por parte da indústria e diretamente para aplicação em lavouras. O número do ano passado é recorde e deve ser ultrapassado em 2019, chegando a 500 ou mais, segundo estimativa do próprio coordenador-geral de agrotóxicos e afins do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Carlos Venâncio.
É fato que, há muitos anos, os produtores e as entidades ligadas ao agronegócio reclamam da demora nas análises de liberação de novos produtos, especialmente genéricos e mais avançados, o que poderia reduzir os elevados custos das lavouras brasileiras, especialmente se esse custo for comparado ao dos concorrentes do Mercosul, onde os defensivos químicos para plantio de grãos são significativamente mais baratos. É fato, também, no entanto, que a acelerada liberação de agrotóxicos levanta temores e ganhou ainda mais atualidade em debates dadas as recentes mortandades de abelhas e problemas em plantações de frutas devido à má aplicação dos produtos.
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