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Agrishow apresenta modernização de três anos
Setor se reencontra com público de Ribeirão Preto pela primeira vez após pandemia
Parte das cadeias de produção global, principalmente na indústria, paralisaram por maior ou menor período por força dos protocolos de segurança sanitária durante a pandemia. O agro nunca parou. As feiras, que atraem visitantes de diferentes estados e países, porém, ficaram por um período de fora do roteiro dos produtores rurais, expositores e visitantes.
Agora, a Agrishow retorna apresentando três anos de inovação em diferentes mercados do agronegócio brasileiro e mundial. A expectativa dos organizadores e das marcas é de um bom ano de vendas, muito em conta de uma demanda represada de consumo durante a pandemia.
“O diferencial é este olho no olho com fabricantes, produtores, expositores e amigos. Estamos celebrando essa grande exposição graças a compreensão dos expositores, que não nos abandonaram em nenhum momento. Estou muito feliz mesmo com esta retomada”, falou Francisco Matturro, presidente da Agrishow e atual secretária da Agricultura de São Paulo, durante a cerimônia de abertura da 27ª edição do evento.
Para o prefeito de Ribeirão Preto, saudade sintetizou o momento de reabertura do mais tradicional evento da cidade. “Depois de três anos de afastamento desse convívio delicioso, a palavra é saudade. estava com saudade de todos, a cidade estava com saudade”, afirmou Duarte Nogueira (PSDB).
“Quem veio à feira há três anos vê agora que a tecnologia não parou. As máquinas estão melhores, mais produtivas, mais resistentes. Nós conseguimos dar mais um salto num curto espaço de tempo, analisou Nogueira.
Para o presidente do conselho da Associação Brasileira da indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), João Carlos Marchesan, “a indústria brasileira está preparada para a demanda do Brasil, pois investiu muito nos últimos anos para modernizar capacidade de produção. Na Agrishow, há o que mais moderno no mundo. O Brasil é hoje autossuficiente na produção de máquinas agrícolas.
Ele acredita que ainda há espaço de crescimento para o setor, e, por isso, cobrou do ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), Joaquim Leite, presente no evento, a liberação de recursos e reorganização do Plano Safra. "Senhor ministro, precisamos de um Plano Safra compatível, que considere que 50% das máquinas do campo tem mais de 15 anos de idade”, cobrou Marchesan.
Marcos Montes, que assumiu a titularidade do Mapa no lugar da ex-ministra Tereza Cristina, não falou sobre Plano Safra em seu discurso durante a solenidade de abertura. “A Agrishow é o símbolo e Ribeirão Preto fortalece o agro. A pandemia mexeu com o mundo todo, com o Brasil, mas mexeu pouco com a produtividade do homem do campo. Nosso produtor rural não ficou em casa, foi ao campo como sempre faz, diuturnamente trabalhando - uma persistência que teve eco de vitória. A feira baterá recordes de comercialização”, limitou-se a declarar o ministro.
Presidente da Caixa Econômica Federal, Pedro Guimarães exaltou algumas mudanças na instituição sob sua gestão. “Antes, a Caixa patrocinava clube de futebol, camarote do carnaval, grandes empresas que não pagavam. Hoje, emprestamos para 500 mil pequenas empresas. Nenhum banco faz isso. A Caixa nunca tinha participado do Plano Safra antes, e até dezembro de 2024 seremos o maior banco do agronegócio”, projetou Guimarães.
Também estiveram presentes na cerimônia de abertura da Agrishow o presidente da República, Jair Bolsonaro, os ministros Braga Neto, Augusto Heleno, Paulo Alvim e Anderson Torres.