Um Grenal de opostos na Arena

Neste sábado, um Grêmio embalado por goleadas recebe um Inter questionado após derrotas

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Renato e Odair devem usar times alternativos no clássico das 19h de sábado no Beira-Rio
Não se tem na memória recente do futebol gaúcho um embate Grenal com as equipes vivendo um momento tão antagônico. Enquanto o técnico Renato Portaluppi é elogiado nos quatro cantos do País, tendo sua equipe reconhecida como a que joga o melhor futebol na atualidade, do outro lado, Odair Hellmann está no olho do furacão de um time inseguro, amedrontado e que oscila bastante em campo. Especula-se, inclusive, que o treinador possa ser dispensado em caso de uma derrota acachapante.
Neste ano, Grêmio e Inter já se enfrentaram três vezes. Na primeira, vitória gremista por 2 a 1, no Beira-Rio. No segundo duelo, mais um trinfo tricolor, desta vez por 3 a 0, na Arena. No último, um Inter motivado superou por 2 a 0, em casa, um Grêmio acomodado pelo resultado obtido na primeira partida. Agora, neste sábado, às 16h, a história será novamente contada no Grenal 416, na Arena, em jogo válido pela 5ª rodada do Campeonato Brasileiro.

Sem surpresas, Tricolor deve ter Alisson no meio e André no ataque

Com uma lesão muscular na coxa direita, Jael está fora do clássico deste sábado. O atleta passou por exames pela manhã e tem presença ameaçada da viagem de domingo para a Venezuela, onde o Grêmio enfrentará o Monagas, na próxima terça-feira, pela Libertadores.
Assim, a titularidade no comando de ataque será de André. O jogador não pode atuar nas demais competições que o Tricolor tem no momento e está jogando regularmente no Brasileirão.
O outro desfalque é Ramiro, suspenso pelo terceiro cartão amarelo recebido no finalzinho da partida com o Santos. A tendência é de que Alisson apareça do lado direito do setor ofensivo do meio-campo. Com isso, a provável escalação do time de Renato Portaluppi deve ter Marcelo Grohe; Léo Moura, Geromel, Kannemann e Bruno Cortez; Maicon, Arthur, Alisson, Luan e Everton; André.
O zagueiro Kannemann avaliou o favoritismo tricolor em virtude do momento vivido pela equipe. "Não nos sentimos favoritos, nunca. Entramos pensando no que temos que fazer, com muita raça e muita garra. Sempre respeitamos o adversário. Se vai dar ou não, vamos ver no jogo. Vontade não vai faltar no nosso time, depois a gente vê o que acontece", comentou. "O Inter não está em uma fase tão boa, mas precisamos dar continuidade ao que estamos fazendo. Isso (mau momento) é problema deles", completou.
 

Pressionado pela torcida, Colorado faz mistério sobre a escalação

O clima tenso foi assunto na entrevista coletiva do técnico do Inter, Odair Hellmann, nesta quinta-feira. O treinador disse respeitar as manifestações, mas pediu respeito aos profissionais. "Não ajuda em nada. Eu respeito muito e vou respeitar sempre a torcida do Inter. Não tenho problema algum com a crítica. O Inter é muito grande, mas não pode passar disso", explicou.
A última quarta-feira foi marcada por protestos. O primeiro durante o treinamento do Inter, pela manhã, no lado de fora do Beira-Rio. À tarde, Nico López foi abordado em uma agência bancária. E, durante a madrugada desta quinta-feira, a casa do vice de futebol Roberto Melo foi alvo de vandalismo, com faixas intimidadoras.
Dentro de campo, o Inter é só mistério. Desde esta quinta-feira, o grupo treinou no Hotel Vila Ventura, em Viamão, sem os olhares da imprensa. A escalação pode ter surpresas. O polivalente Zeca pode fazer sua estreia. A dúvida é se seria aproveitado em alguma das laterais ou no meio-campo.
A certeza é que William Pottker está de fora, pois foi expulso na derrota para o Flamengo, no Rio de Janeiro. Quem virou dúvida foi Leandro Damião. Ele não participou de alguns trabalhos e não tem presença confirmada no clássico. Uma possível escalação do Inter pode ter Danilo Fernandes; Fabiano, Rodrigo Moledo, Víctor Cuesta e Iago; Rodrigo Dourado, Zeca, Patrick, D'Alessandro e Lucca; Leandro Damião.