Coordenador-chefe da seleção brasileira de ginástica artística, Marcos Goto afirmou ontem que os supostos casos de assédio cometidos pelo técnico Fernando de Carvalho Lopes eram tratados como boatos, inclusive entre os ginastas. Goto foi acusado por diversos atletas, sob condição de anonimato, de saber dos casos sem tomar providências. Ele ainda teria ironizado algumas situações que teriam ocorrido no clube Mesc, de São Bernardo do Campo (SP). Os casos foram revelados pelo programa Fantástico, da Rede Globo, no domingo.
"Os fatos narrados nessa matéria, que ocorreram há mais ou menos 12 anos, como foi dito por vários declarantes, eram tratados como boatos e podem ter gerado algum tipo de gracejo na época por muitos envolvidos na ginástica, inclusive entre os próprios atletas oriundos de São Bernardo do Campo, acolhidos por mim em São Caetano do Sul. Tanto parecia boataria que alguns atletas, alguns inclusive ouvidos na matéria, retornaram a treinar em São Bernardo com o mesmo treinador aqui dito", afirmou Goto, em vídeo divulgado ontem.
Na segunda-feira, a Confederação Brasileira de Ginástica informou em nota que ouviria o coordenador sobre as acusações e que tomaria "medidas urgentes". No mesmo dia, Lopes foi afastado.