A queda das taxas de juros e o anúncio de retomada da economia ainda não impactaram positivamente no varejo, segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas de Porto Alegre (CDL-POA), Alcides Debus. Também a incerteza na política (piorada com a falta de unicidade nas propostas dos mais de 13 candidatos à presidência da República) e o alto índice de desemprego no País são fatores que preocupam o mercado.
"Muitas lojas fecharam nos últimos anos, e algumas empresas médias estão enxugando gastos, tornando-se pequenas", comenta o dirigente. O setor que amargou enfraquecimento das vendas por mais de dois anos consecutivos teve um leve crescimento (de 4% nominal) na semana que antecipou a data do Dia das Mães. "Se considerarmos que 2016 e 2017 foram fracos, esse resultado é muito tímido", explica Debus.
Para o presidente da CDL-POA, o cenário só irá melhorar a partir da retomada da empregabilidade, o que resultará na melhoria da confiança dos consumidores. "Se ocorrer criação de novos postos de trabalho, haverá renda disponível; caso contrário, a demanda segue reprimida."
O dirigente esteve, na tarde desta quinta-feira, em visita ao Jornal do Comércio. Na ocasião, Debus foi recebido pelo diretor-presidente da empresa, Mércio Tumelero; pelo diretor de operações, Giovanni Tumelero; e pelo editor-chefe do JC, Guilherme Kolling.