Os reajustes disseminados nos preços dos produtos industriais na porta de fábrica resultaram na alta de 1,05% registrada pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP) de março, informou o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Entre as 24 atividades industriais pesquisadas, 21 apresentaram aumentos de preços no mês.
As quatro maiores variações foram observadas entre os produtos das indústrias extrativas (4,37%), outros produtos químicos (2,86%), metalurgia (1,56%) e confecções de artigos do vestuário e acessórios (1,31%).
Em termos de influência, as contribuições de maior magnitude para a inflação do setor foram de outros produtos químicos (0,28 ponto percentual), alimentos (alta de 1,13% e impacto de 0,21 ponto percentual), indústrias extrativas (0,18 ponto percentual) e metalurgia (0,13 ponto percentual).
A confian�a da ind�stria recuou 0,7 ponto em abril de 2018, para 101,0 pontos, informou a Funda��o Getulio Vargas. Na m�trica de m�dias m�veis trimestrais, o �ndice, por�m, segue em alta, alcan�ando tamb�m 101 pontos, mas 0,5 ponto acima do n�vel de mar�o.
A coordenadora da pesquisa na FGV, Tabi Thuler Santos, avaliou que essa queda da confian�a ap�s nove altas consecutivas n�o � suficiente para alterar a trajet�ria da confian�a industrial. "O �ndice permanece acima dos 100 pontos, indicando preval�ncia de respostas favor�veis e otimistas na pesquisa." Ela ainda afirmou que o setor parece reagir ao ritmo mais lento do que o esperado na recupera��o da economia e ao aumento de incerteza associado � proximidade das elei��es.
O recuo foi observado em nove dos 19 segmentos industriais e no �ndice de Expectativas (IE) e de Situa��o Atual (ISA). O IE teve queda mais forte, de 1,3 ponto, atingindo 101,5 pontos, j� o ISA caiu 0,1 ponto, para 100,5 pontos, o que Tabi considerou como estabilidade.
A principal contribui��o para o decl�nio do �ndice de expectativas foi a evolu��o do pessoal ocupado nos tr�s meses seguintes, que registrou queda ap�s duas altas consecutivas. Houve redu��o da propor��o de empresas prevendo aumento do quadro de pessoal (22,6% para 18,6%) e eleva��o da fatia que espera cortes de funcion�rios (9,5% para 11,5%).
J� o �nico componente do ISA que registrou recuo foi o n�vel de estoques, e, mesmo assim, a FGV avaliou que n�o foi um aumento relevante de produtos em excesso. O percentual de empresas que consideram o n�vel de estoques como excessivo passou de 8,1% para 8,3% entre mar�o e abril, enquanto os empres�rios que o consideram insuficiente caiu de 5,5% para 4,5%.
O quadro positivo da situa��o atual tamb�m pode ser observado no N�vel de Utiliza��o da Capacidade Instalada (Nuci), que teve a terceira alta consecutiva. O Nuci subiu 0,4 ponto percentual, chegando a 76,5%, o maior desde maio de 2015 (76,6%).